quinta-feira, 28 de março de 2024

QUINTA-FEIRA SANTA

Professor Felipe Aquino – TV Canção Nova

A

 QUINTA-FEIRA SANTA faz parte da preparação para a Páscoa. Neste dia, começa o Tríduo Pascal, a preparação para a grande celebração da Páscoa, a vitória de Jesus Cristo sobre a morte, o pecado, o sofrimento e o inferno.

Este é o dia em que a Igreja celebra a instituição dos grandes sacramentos da ordem e da Eucaristia. Jesus é o grande e eterno Sacerdote, mas quis precisar de ministros sagrados, retirados do meio do povo, para levar ao mundo a salvação que Ele conquistou com a Sua Morte e Ressurreição.

Jesus desejou ardentemente celebrar àquela hora: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa antes de sofrer” (Lc 22,15).

Na celebração da Páscoa, após instituir o sacramento da Eucaristia, ele disse aos discípulos: “Fazei isto em memória de Mim”. Com essas palavras, Ele instituiu o sacerdócio cristão: “Pegando o cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lhe, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.” (cf. Lc 22,17-19)

Na noite em que foi traído, mais Ele nos amou, pois bebeu o cálice da Paixão até a última e amarga gota. São João disse que “antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.” (Jo 13,1)

INSTITUIÇÃO DO SACRAMENTO DA CONFISSÃO

Depois que Jesus passou por toda a terrível Paixão e Morte de Cruz, ninguém mais tem o direito de duvidar do amor de Deus por cada pessoa.

Aos mesmos discípulos ele vai dizer, depois, no Domingo da Ressurreição: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,23). Estava, assim, instituída também a sagrada confissão, o sacramento da penitência; o perdão dos pecados dos homens que Ele tinha acabado de conquistar com o Seu Sangue.

Na noite da Ceia Pascal, o Senhor lavou os pés dos discípulos, fez esse gesto marcante, que era realizado pelos servos, para mostrar que, no Seu Reino, “o último será o primeiro”, e que o cristão deve ter como meta servir e não ser servido. Quem não vive para servir não serve para viver; quem não vive para servir não é feliz, porque a autêntica felicidade o tempo não apaga, as crises não destroem e o vento não leva; ela nasce do serviço ao outro, desinteressadamente.

Nessa mesma noite, Jesus fez várias promessas importantíssimas à Igreja que instituiu sobre Pedro e os apóstolos. Prometeu-lhes o Espírito Santo, e a garantia de que ela seria guiada por Ele a “toda a verdade”. Sem isso, a Igreja não poderia guardar intacto o “depósito da fé”, que São Paulo chamou de “sã doutrina”. Sem a assistência permanente do Espírito Santo, desde Pentecostes, ela não poderia ter chegado até hoje e não poderia cumprir sua missão de levar a salvação a todos os homens de todas as nações.

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.” (Jo 14, 16-17).

IGREJA, COLUNA E FUNDAMENTO DA VERDADE

Que promessa maravilhosa! O Espírito da Verdade permanecerá convosco e em vós. Como pode alguém ter a coragem de dizer que, um dia, a Igreja errou o caminho? Seria preciso que o Espírito da Verdade a tivesse abandonado.

“Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14, 25-26)

Na Última Ceia, o Senhor deixou à Igreja essa grande promessa: O Espírito Santo “ensinar-vos-á todas as coisas”. É por isso que São Paulo disse a Timóteo que “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3, 15). Quem desafiar a verdade de doutrina e de fé, ensinada pela Igreja, vai escorregar pelas trevas do erro.

Na mesma Santa Ceia, o Senhor lhes diz: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade...” (Jo 16,12-13)

Jesus sabia que aqueles homens simples não tinham condições de compreender toda a teologia cristã; mas lhes assegura que o Paráclito lhes ensinaria tudo, ao longo do tempo, até os nossos dias de hoje. E o Sagrado Magistério dirigido pelo Papa continua assistido pelo Espírito de Jesus.

São essas promessas, feitas à Igreja na Santa Ceia, que dão a ela a estabilidade e a infalibilidade em matéria de fé e costumes. Portanto, não só o Senhor instituiu os sacramentos da Eucaristia e da ordem, na Santa Ceia, mas colocou as bases para a firmeza permanente da Sua Igreja. Assim, Ele concluiu a obra que o Pai Lhe confiou, antes de consumar Sua missão na cruz.

Mensagem do dia... 28/03/2024

 


segunda-feira, 25 de março de 2024

25 DE MARÇO - ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL DO CÔNEGO JOÃO NETO

Cristo caminha conosco  pela intercessão das mãos consagradas do Padre, que em cada celebração Eucarística O coloca vivo entre nós; pleno de misericórdia, perdão e amor.”

N

este 25 de março, rendemos louvores a Deus pelos 25 ANOS DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL do pároco da Paróquia de Santa Catarina Labouré, no Aldebaran, em Maceió-AL, Cônego JOÃO JOSÉ DE SANTANA NETO. 

Pela intercessão de Nossa Senhora das Graças e Santa Catarina Labouré, Deus derrame bênçãos sobre sua vida, seu ministério, e lhe conceda vida longa com saúde e paz para continuar firme na missão.

Parabéns, CÔNEGO JOÃO NETO pelos 25 ANOS DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL!

Mensagem do dia... 25/03/2024

 


sábado, 23 de março de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O DOMINGO DE RAMOS – 24/03/2024

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

"Meu Deus, por que me abandonastes?”

A

 paixão segundo Marcos é a mais antiga das quatro e, certamente um dos textos evangélicos mais antigos. Ela tem como ideia central o silêncio de Jesus e sua absoluta confiança no Pai.

Quando Judas o beijou, Jesus não reagiu, como também não o fez em relação às demais agressões sofridas na Paixão e nem ao aparente silêncio do Pai.

Aqueles que desejam seguir Jesus deverão abandonar tudo, até a própria vida. Tudo em favor da vontade do Pai e de seu Reino. É necessário, como o Mestre estar só, vivenciar a solidão.

Do mesmo modo que os discípulos, também nós queremos seguir Jesus, por amor. Mas como esse seguimento está sendo feito? Através do seguimento de ideias cristãs, de sua ética ou através do seguimento da pessoa de Jesus?

O batismo nos proporcionou esse seguimento, mas no transcorrer de nossa vida, de nosso dia a dia: abandonamos nossa vida, nossas primeiras opções, e nos deixamos às mãos do Pai, como Jesus e como Santa Terezinha do Menino Jesus gostava de fazer? E se somos submetidos às provações, qual é ou qual será nossa reação?

O abandono de Jesus e o sentir-se abandonado pelo Pai foi ultra forte; ele clamou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” E isso na hora da morte em que lutava pela justiça, pelos interesses do Pai!

Qual a reação de Jesus? Ele chorou, pediu conforto ao Pai e que o consolasse. Marcos apresenta um Jesus fraco e que experimentou quão é exigente e difícil obedecer ao Pai.

Por que Jesus não discutiu? Ele sabia que a sentença já estava decidida. Por isso seu silêncio não demonstra covardia e sim, superioridade, não se perturbando com a calúnia, não se colocando no mesmo nível de seus acusadores, mas confiando na vitória final da verdade. Jesus não temeu a derrota, mas confiou plenamente no Pai.

A entrega de Jesus ao Pai já começou a dar frutos no próprio ato. Um pagão, o centurião romano fez sua profissão de fé imediatamente à morte de Jesus: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus”. Ele respondeu às perguntas que eram feitas no início do evangelho. Somente após a morte e ressurreição é que se pode compreender quem é Jesus. O que fez o centurião crer, um pagão crer, foi a entrega de Jesus, por amor, até a morte e morte na cruz. O amor rasgou o véu do templo e, desse momento em diante, todos os homens poderão ser feitos filhos de Deus.  Tudo dependerá da fé em Jesus, da crença nele, da qual o centurião, segundo Marcos, foi o primeiro. Jesus compartilhou conosco as experiências dramáticas da vida!

      
    Entramos na Semana Santa, onde aprofundaremos nosso conhecimento no amor de Cristo por nós e, consequentemente seremos agraciados com mais amor. Que possamos chegar à Páscoa da Ressurreição mais assemelhados ao Cristo obediente!

Mensagem do dia... 23/03/2024

 


sábado, 16 de março de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 5º DOMINGO DA QUARESMA – 17/03/2024

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

“QUEREMOS VER JESUS!”

E

ste é o desejo dos discípulos gregos de João Batista ao se dirigirem a Filipe e, certamente também nosso. Quando Filipe e André levaram esse desejo ao Senhor, escutaram a seguinte declaração: “Quem se apega à sua vida, perde-a; Se alguém me quer servir, siga-me.”

Nada de euforia, pelo contrário. Muita lucidez e autêntica seleção. Jesus veio para todos nós e deseja ser acolhido por todos, mas seu seguimento está no abandono, na entrega, na doação como vimos no domingo passado. Por outro lado, o Senhor diz: “Quem faz pouco de sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna.

Nossa natureza rejeita tudo aquilo que é dor, que é desagradável, que é morte. Mas por que essa fuga? Vamos ficar fugindo a vida toda sabendo que a morte terá a última palavra? Chegará um momento em que nada adiantará e morreremos. É isso que Deus quer? Foi isso que Ele planejou para nós?

Certamente não. Se fosse assim seríamos pessoas conformadas com a morte, com o destino de caminhar neste vale de lágrimas e morrer dolorosamente.

Mas não é assim. Queremos a vida e a queremos plenamente, com saúde, carinho, amor, eternamente feliz. Tudo isso porque essa é a nossa marca registrada. Fomos feitos pela vida e para a vida. Deus, Vida, nos fez para Ele, a VIDA. Por isso, tudo aquilo que traz sinais de morte, nós rejeitamos.

Contudo, frequentemente, nos enganamos. Quantas e quantas vezes escolhemos o caminho da morte como se fosse o da vida! O egoísmo, o “não” dito ao apelo da caridade, ao gesto de amor e de perdão, o “sim” ao pecado, tudo isso são enganos e envenenamento para nossa vida feliz e para o encontro com o sofrimento e a morte.

Quando os gregos pediram para ver Jesus, estavam pedindo para ver a Vida e a Vida se apresentou a eles como serviço, entrega, doação.

A vida diz que ela não se coaduna com a morte e nem com seus sinais, ou seja, egocentrismo, personalismo, e seus familiares.

E nós? Também queremos ver Jesus, mas como analgésico para nossos males, ou como saúde, como Vida?

Aceitamos suportar sofrimentos por causa de nossa fé em Jesus? Aceitamos renúncias, abnegações para que a vida do outro seja mais saudável e feliz?

Como é nossa relação conjugal, familiar e de amizade? É relação libertadora, de doação, de crescimento ou nós a privatizamos e subordinamos o outro às nossas necessidades e caprichos, ou nós aos dele?

Ver Jesus, encontrar Jesus são atos libertadores, atos de vida.

Do mesmo modo que Moisés foi convidado a tirar suas sandálias porque estava em terra sagrada, o que devo tirar de meu coração para que, de fato, possa ver Jesus e permanecer com ele?

A 1ª leitura fala da lei da Aliança impressa pelo Pai em nossas entranhas, e a 2ª, da obediência de Jesus que se tornou salvação para todos nós. Aliança e obediência são provocadoras de vida, aliás, já são a própria Vida.

Que cada dia, o desejo de ver Jesus, renove em nós a obediência que nos une ao Pai e nos torna produtores generosos de bons frutos. Só produz frutos quem está com Jesus.

Mensagem do dia... 16/03/2024

 


quarta-feira, 13 de março de 2024

CONFISSÃO, O SACRAMENTO DA ALEGRIA!

S

ão Josemaria costumava chamar à Confissão o sacramento da alegria, porque através dele se recuperam a alegria e a paz que traz a amizade com Deus, um dom que só o pecado é capaz de roubar às almas dos cristãos.

O que é a confissão? “O sacramento da Reconciliação é um sacramento de cura. Quando me confesso é para me curar, para curar a minha alma, o meu coração e algo de mal que cometi”. (Papa Francisco, Audiência geral, 19 de fevereiro de 2014).

Por que confessar-se? Explica o Papa Francisco que “o perdão dos nossos pecados não é algo que possamos dar a nós mesmos. Eu não posso dizer: perdoo os meus pecados. O perdão é pedido a outra pessoa e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas uma dádiva, é um dom do Espírito Santo”. (Audiência geral, 19 de fevereiro de 2014).

É complicado confessar-se? Não o é tanto: no Catecismo, a Igreja propõe-nos quatro passos para uma boa confissão (Cfr. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 303.):

São quatro passos que damos para poder receber o grande abraço de amor que Deus nosso Pai nos quer dar com este sacramento: Deus espera-nos, como o pai da parábola, de braços estendidos, ainda que não o mereçamos. Não importa a nossa dívida. Como no caso do filho pródigo, apenas é preciso que abramos o coração.

1) EXAME DE CONSCIÊNCIA;

O exame de consciência consiste em refletir sobretudo aquilo que nos tenha podido afastar de Deus: “Que conselhos daria a um penitente para fazer uma boa confissão? – pergunta-se ao Papa Francisco – Que pense na verdade da sua vida frente a Deus, o que sente, o que pensa. Que saiba olhar com sinceridade para si mesmo e para o seu pecado. E que se sinta pecador, que se deixe surpreender, surpreendido por Deus”.

O exame de consciência consiste em refletir sobre aquelas ações, pensamentos ou palavras que nos tenham podido afastar de Deus, ofender os outros ou causar-nos dano interiormente.

É o momento de ser sinceros consigo próprio e com Deus, sabendo que Ele não quer que os nossos pecados passados nos oprimam, antes deseja libertar-nos deles para podermos viver como bons filhos seus.

2) CONTRIÇÃO (OU ARREPENDIMENTO), QUE INCLUI O PROPÓSITO DE NÃO VOLTAR A PECAR;

A contrição, ou arrependimento, é uma dor da alma e uma rejeição dos nossos pecados, que inclui a resolução de não voltar a pecar. É um dom de Deus: por isso, se te parece que ainda estás apegado ao pecado – que, por exemplo, não te vês com forças para abandonar um vício, perdoar a uma pessoa ou emendar um dano causado – pede-lhe a Deus que atue no teu coração, para que rejeites o mal.

Por vezes, o arrependimento chega com um sentimento intenso de dor ou vergonha, que nos ajuda a emendar-nos. No entanto, não é indispensável sentir esse tipo de dor; o importante é compreender que agimos mal, ter desejos de melhorar como cristãos e fazer o propósito de não voltar a cometer essas faltas.

“A contrição – explica o Papa – é o pórtico do arrependimento, é essa senda privilegiada que leva ao coração de Deus, que nos acolhe e nos oferece outra oportunidade, sempre que nos abramos à verdade da penitência e nos deixemos transformar pela sua misericórdia”.

3) CONFISSÃO DOS PECADOS AO SACERDOTE;

Uma boa confissão é dizer os pecados ao sacerdote de forma clara, concreta, concisa e completa.

A confissão consiste na acusação dos todos os seus pecados mortais cometidos desde a última confissão válida ou do batismo diante do sacerdote.

“Confessar-se com um sacerdote é um modo de pôr a minha vida nas mãos e no coração de outro, que nesse momento atua em nome e por conta de Jesus. (...) É importante que vá ao confessionário, que me ponha a mim mesmo frente a um sacerdote que representa Jesus, que me ajoelhe frente à Mãe Igreja chamada a distribuir a misericórdia de Deus. Há uma objetividade neste gesto, em ajoelhar-me frente ao sacerdote, que nesse momento é o canal da graça que me chega e me cura”. (Papa Francisco, O nome de Deus é misericórdia)

Costuma dizer-se que uma boa confissão tem “4 C”:

1. Clara: indicar qual foi a falta específica, sem acrescentar desculpas.

2. Concreta: referir o ato ou pensamento preciso, não usar frases genéricas.

3. Concisa: evitar dar explicações ou descrições desnecessárias.

4. Completa: sem calar nenhum pecado grave, vencendo a vergonha.

4) SATISFAÇÃO (OU CUMPRIR A PENITÊNCIA).

O sacerdote indica uma penitência para reparar o dano causado.

A satisfação consiste no cumprimento de certos atos de penitência (orações, alguma mortificação etc.), que o confessor indica ao penitente para reparar o dano causado pelo pecado.

É una ocasião também para dar graças a Deus pelo perdão recebido e renovar o propósito de não voltar a pecar.

GUIA PARA CONFISSÃO

1. Após a saudação habitual, o penitente (você) pede a benção ao sacerdote dizendo: Dai-me a benção senhor!

2. O sacerdote diz: O senhor esteja em seu coração para que arrependido confesse humildemente seus pecados. Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.

3. O penitente diz: Já faz (diz o tempo aproximado) desde minha última confissão. Meus pecados são ... (Então você confessa seus pecados de preferência começando com o mais graves.

4. O sacerdote dar alguns conselhos (não é obrigatório). E então ele vai te dizer qual a sua penitência.

5. O penitente expressa sua contrição dizendo: Meu Deus, Eu me arrependo de vos ter ofendido Pois sois tão bom e amável. Prometo com a vossa graça Esforçar-me para ser bom! Meu Jesus, Misericórdia, Amém! Ou você pode dizer um ato de contrição você sabe.

6. Com a fórmula de absolvição o sacerdote em nome do próprio Jesus Cristo te perdoa: “... Eu te absolvo de seus pecados em nome do Pai e de Filho, e do Espírito Santo”. No final, o sacerdote o convida a sair em paz.

Mensagem do dia... 13/03/2024


 

sábado, 9 de março de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 4º DOMINGO DA QUARESMA – 10/03/2024

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

S

e existe uma imagem de Jesus que me agrada bastante é a do Senhor crucificado. Vejo nela o símbolo maior de nossa fé e o sinal mais explícito do amor de Deus por nós. É a imagem da entrega radical ao Pai, por amor.

Por outro lado, preocupa-nos quando alguns cristãos dizem que a imagem do crucificado os choca e que não deveria ficar exposta, mas a do Senhor ressuscitado. É verdade, O Cristo ressuscitado é a última palavra.

No Evangelho deste domingo o Senhor nos fala que ele deverá ser levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Ele recorda a Nicodemos o episódio no deserto quando, sob a orientação de Deus, Moisés levantou uma haste de onde pendia uma serpente de bronze. Todos os que eram picados por serpente, deveriam olhar para a de bronze e ficariam curados.

Todos nós, no Paraíso, fomos picados pela serpente do egoísmo, do egocentrismo e de todos os males. É preciso que, para nossa cura, olhemos com fé para o Crucificado, testemunho maior do amor do Pai por nós, como fonte de vida, de reconciliação e de paz. Diante da entrega radical a Deus, de total descentralização, de abnegação absoluta, de esvaziamento de si mesmo, nosso coração deverá aprender a lição de amor e moldar-se ao Crucificado.

Queridos irmãos, quando nos expomos ao sol, não fazemos nada, apenas deixamos que sua luz nos passe os benefícios de que nosso organismo necessita. Nossa vida espiritual e, por que não dizer, nossa maturidade psicoafetiva necessita que fixemos o olhar na imagem do Cristo crucificado, sinal maior de libertação, de maturidade e de entrega por amor.

Mensagem do dia... 09/03/2024

 


quarta-feira, 6 de março de 2024

O PODER DA ORAÇÃO

P

ara os cristãos e de acordo os escritos bíblicos do Novo Testamento, a oração é a força para a perseverança nos caminhos da fé (cf. At 1,14); ela abre as portas do céu para as graças de Deus (cf. Mc 11,24); liberta o homem do poder do mal (cf. Mc 9,29) e para quem crê na Bíblia, a oração pode fazer o impossível acontecer (cf. Mt 17,20).

Muitos santos da Igreja Católica definiram, a partir da sua experiência pessoal, o que vem a ser a oração. Segundo os escritos de Santa Teresinha do Menino Jesus, "a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria".

Alinhado aos ensinamentos da Igreja, Padre Alírio José Pedrini, Dehoniano, Capelão da Fraternidade Mariana do Coração de Jesus de Jaraguá do Sul-SC, autor de vários livros relacionados à oração, explica que a oração é o relacionamento de uma pessoa humana com o seu Deus. "Um relacionamento que vem do falar com Deus, adorar, louvar, glorificar, bendizer e exaltar a Deus. Ao mesmo tempo, consiste em ouvir a Deus, com o silêncio do coração, através da leitura da Sagrada Escritura. Toda essa comunicação é a oração", diz o padre.

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (CIC), existem seis formas de oração baseadas nas Sagradas Escrituras: benção, adoração, súplica, intercessão, ação de graças e louvor(cf. CIC 2626)

Segundo padre Alírio, cada formato de oração tem o seu valor porque brota do coração humano que vai conversar com o coração de Deus. Todavia, o sacerdote ressalta que a oração que primeiro deve sair dos lábios do homem é a oração de adoração a Deus.

"A adoração é sempre o primeiro impulso diante de Deus, de reconhecê-lo como Deus, proclamá-lo como Deus, de querê-lo como Deus verdadeiro. Crer que Ele é Uno, é Trino, é Pai, Filho e Espírito Santo e que Ele tem todas as qualidades e atributos divinos. Portanto, a oração que mais se adéqua diante de Deus é exatamente reconhecê-lo como Deus, e isto se chama adoração", reforçou.

DEUS SEMPRE OUVE AS NOSSAS ORAÇÕES?

Jesus disse no Evangelho de São Mateus: "Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis" (Mt 21,22). No entanto, aos olhos humanos, essa passagem bíblica poderia ser tachada de inadequada, visto que nem tudo aquilo que se pede a Deus Ele concede. Verdade? Padre Alírio afirma que não. Segundo ele, Deus sempre diz Sim à oração do homem.

“Eu poderia dizer que, diante da oração, Deus sempre diz sim. Algumas vezes ele diz: sim, já! E a graça acontece logo. Outras vezes, Deus diz: sim, mas não agora! Eu vou lhe dar no tempo certo. Em outra oportunidade, Deus diz: Sim, mas não o que você pede! Vou lhe dar outra coisa melhor para você", explicou. 

O sacerdote esclarece que a oração é sempre ouvida e atendida por Deus, mas é preciso ficar atento à sua eficácia. Padre Alírio afirma que não existe oração "fraca", a oração é "sempre poderosa porque ela significa relacionamento com Deus que é todo poderoso”.

No entanto, explica padre Alírio, a eficácia na oração depende do estado de espírito da pessoa que reza, da fé que ela tem no Deus verdadeiro e ao mesmo tempo a confiança na providência divina. "Às vezes, alguém pode colocar na oração determinados pedidos que não seria para o seu próprio bem, então, Deus atende aquilo que seja necessário para a pessoa".

AS EXPRESSÕES DE ORAÇÃO

O Catecismo Católico explica que a tradição cristã conservou três expressões principais da vida de oração: oração vocal, a meditação e a oração mental (cf. CIC 2699).

A oração que comumente se vê é a vocal. "É por palavras que a nossa oração cresce", diz o Catecismo. A meditação é, na explicação da doutrina católica, uma procura para compreender o porquê e o como da vida cristã. Já a oração mental, trata-se de uma relação de intimidade da pessoa com Deus. "Um comércio íntimo de amizade em que conversamos muitas vezes a sós com esse Deus por quem nós sabemos amados", traduziu Santa Teresa.

Padre Alírio reflete que com a agitação dos dias atuais, o tempo de recolhimento para estar com Deus corre o risco de ficar reduzido ou até mesmo esquecido. Para ele, separar um tempo para a oração não é questão de preferência. O sacerdote acredita que se uma pessoa tem uma profunda amizade com Deus, se percebe que esse Deus a ama profundamente e procura amá-Lo da mesma forma, com certeza irá encontrar um tempo para se comunicar com Ele, para ouvi-Lo e contemplá-Lo.

"É verdade que há muita agitação no mundo de hoje, a vida é muito corrida, mas sempre as pessoas encontram um tempo para aquilo pelo qual se interessam, sempre encontram um espaço de tempo para aquilo que buscam. Portanto, se a pessoa tem uma fé viva no Deus Verdadeiro, se tem um relacionamento bonito com Ele, se sente dependência de Deus em todas as coisas, ela vai encontrar, se não um longo tempo, mas algum tempo para então se comunicar com Deus", afirmou.


Mensagem do dia... 06/03/2024

 


sábado, 2 de março de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 3º DOMINGO DA QUARESMA – 03/03/2024

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

A

 primeira leitura nos fala da preservação da vida, que se dá através do cumprimento da Lei de Deus. Mas a grande novidade do Decálogo foi o modo como os mandamentos foram apresentados. Nos outros povos, a lei era dada de forma impessoal. Em Israel Deus se apresenta próximo e diz ‘TU”. Por outro lado, os mandamentos não devem ser encarados como proibições, mas como indicações para o caminho certo para a vida.

Se prestarmos atenção, perceberemos que todo o eixo da lei de Deus está em “não matar”. O verdadeiro crente é aquele que defende e promove a vida. Sabemos também que o Decálogo não esgota a Lei de Deus, mas somente o Amor é a plenitude da Lei. São Paulo disse que “Quem ama o irmão cumpriu toda a Lei”.

No Evangelho o doce e manso Jesus, estarrecido, se transformou e se tornou um homem impetuoso, intrépido e bravo, usando cordas como chicote, expulsando do Templo os vendedores de ovelhas, pombas, bois e os que faziam o câmbio.

O Senhor disse, naquele momento, que não concordava com um culto onde se mesclava religião e interesses econômicos. Ele abole não apenas os sacrifícios do Templo, mas o próprio Templo.

Em seguida, Jesus falou do novo Templo e do novo culto. Se antes as pessoas iam ao Templo de Jerusalém para celebrar a Páscoa, agora elas a celebrarão através de seu corpo morto e ressuscitado, que é, ao mesmo tempo, Templo, altar, vítima e sacerdote.

Os sacrifícios que agradam a Deus são as obras de amor, de caridade, como vimos no comentário da primeira leitura. O incenso que agrada a Deus é o perdão, o socorro ao pobre, a visita ao doente e ao prisioneiro, a vida fraterna. Esses atos são a complementação do Decálogo, da Lei.

Finalmente, na Carta aos Coríntios, São Paulo nos fala de dois grupos de crentes: aqueles que baseiam sua fé nos milagres, curas, ações fantásticas; o outro grupo, ao contrário, é mais racionalista, mais ponderado, fruto de uma religião sapiencial. Mas qual seria o posicionamento cristão? Uma religião que prioriza curas ou uma religião que destaca a sabedoria. Nem uma coisa e nem outra. O posicionamento cristão é, como diz o próprio nome, seguir Jesus Cristo, imitá-lo em seu relacionamento com o Pai e com os irmãos: Jesus foi total doação através da cruz. Ora, Jesus foge do comum, do humano, de naturalmente pensar em si e em sua própria realização. Ele pensa no Pai, ele pensa no outro, pensa em nós.

Pensar no outro significa sacrificar-se pelo outro, esvaziar-se, entregar-se por amor, e isso só se consegue com a graça de Deus.

Queridos irmãos, a liturgia de hoje nos propõe uma limpeza em nossos atos religiosos. Eles devem estar purificados de qualquer interesse, a não ser o de amar e de amar até morrer. Morrer de amor! 

Mensagem do dia... 02/03/2024

 


quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

A IMPORTÂNCIA DO JEJUM NA VIDA DO CRISTÃO

Jonathan Ferreira

Missionário da Comunidade Canção Nova

O

 jejum é uma das práticas espirituais mais antigas. São inúmeros os exemplos ainda no Antigo Testamento sobre essa prática. Moisés, Elias, Daniel, os profetas, Joel, Jeremias, Isaías e tantos outros exortaram a respeito deste tema. Nos Evangelhos, temos o próprio Jesus dando o exemplo: “Jejuou quarenta dias e quarenta noites.” (Cf Mt 4,2); e exortou os discípulos para que assim também o fizessem: “Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum” (Cf Mt 17, 21).

Os apóstolos jejuavam, posteriormente os padres da Igreja e igualmente os inúmeros santos da Igreja Católica ao longo da história. É certo que estamos falando de uma prática espiritual consolidada e eficaz. Para que não haja confusão, precisamos definir o que é o jejum: trata-se da privação daquilo que é alimento. Portanto, não estamos falando de deixar de assistir à TV, abster-se de redes sociais ou simplesmente não comer doces ou não beber refrigerante. Todas essas coisas entram na categoria de penitências, favorecem a vida ascética, mas não é jejum propriamente dito conforme a Igreja ensina. Uma forma de fazer jejum é a seguinte, ao longo do dia, a pessoa deve tomar apenas uma única refeição completa que seja capaz de saciá-la, mas que não contenha excessos, e, ao longo do mesmo dia, outras duas refeições modestas, como lanches simples que mantêm o caráter penitencial e austero do jejum. Também é possível praticar o jejum da seguinte forma, uma refeição completa sem exageros, mas que sacie e, ao longo do mesmo dia, dois ou mais momentos em que se come pão.

Em um dia de jejum, como em um dia normal, é necessário sempre se hidratar tomando muita água e não devemos deixar de tomar remédios, caso necessário. Não devemos ter lanchinhos, “beliscar” as coisas da cozinha, chupar balas etc., esse hábito foge do caráter de austeridade que o jejum exige.

Segundo o ensinamento da Igreja, os dias obrigatórios para o fiel praticar o jejum são: a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira da Paixão do Senhor. Esta lei eclesial se aplica a todos os fiéis católicos com idade de 18 a 60 anos. Mas isso não impede que, generosamente e para purificar-se, a pessoa faça jejum muitas vezes durante o ano, inclusive, é bom que se tenha o hábito do jejum. Tendo dito isso, acredito que podemos partir para o efeito do jejum na vida de quem o pratica. Existe, no interior do homem, uma tríplice concupiscência: a soberba da vida, a concupiscência dos olhos e a concupiscência da carne. Essas concupiscências agem no interior do homem e, de maneira resumida o faz estimar a si próprio de maneira desordenada, buscar desordenadamente as coisas materiais e buscar desordenadamente os prazeres sensíveis. O jejum é a ferramenta que favorece para que seja ordenado, no interior do homem, a busca pelos prazeres sensíveis. O que é o prazer sensível? São aqueles que advém do uso dos nossos cinco sentidos, em especial o tato e o paladar. O homem que vive supervalorizando os prazeres pelo sentido é como animais irracionais. Ou seja, o homem que age tão somente levado pelo prazer sexual ou da bebida ou comida, é semelhante aos animais que não conseguem se conter sexualmente. Os cachorros, quando veem uma cadela no cio ou uma vasilha de comida, logo se lançam para saciar-se desconsiderando toda e qualquer regra moral ou espiritual, agem dispensando o aspecto racional (nem sequer possuem tal potência) e se comportam como verdadeiras feras selvagens. Este tipo de homem, que age como um animal irracional porque busca de maneira desordenada o prazer sensível, tem muita dificuldade na vida de oração, ele mal fecha os olhos para rezar e logo inúmeras imagens e preocupações lhe assaltam o pensamento levando-o a distrair-se.

Quando este mesmo homem se coloca a estudar, mal consegue concentrar-se por poucos minutos, fica inquieto, entra na rede social para encontrar algum entretenimento nas redes sociais ou se levanta de sua mesa à procura de alguém para conversar e distrair-se. Tudo isso porque necessita de estímulos, seja sonoro, visual, tátil ou palatável. Alguém poderia dizer: mas eu tenho o temperamento sanguíneo e a distração é algo “normal” para o meu temperamento. É certo que existem diferenças entre temperamentos, alguns são mais expansivos e outros menos, contudo, não é sobre isso que estamos falando. Mesmo uma pessoa com temperamento expansivo como o sanguíneo é capaz de concentrar-se, não viver procrastinando, desenvolver um sólido trabalho intelectual e alcançar a santidade. O melhor exemplo neste caso é Santo Agostinho, um sanguíneo que soube moderar os prazeres sensíveis, nos deixou um legado filosófico e teológico imenso e ainda se tornou um santo doutor da Igreja. Tenha a certeza de que ele não conseguiria levantar todo esse edifício espiritual se não tivesse domado suas paixões mais baixas, no caso, a concupiscência da carne. Esse é o início da santificação do homem.

Além do benefício ascético relacionado à prática do jejum, existe uma graça espiritual que a mesmo comporta. Podemos verificar isso na passagem do livro de Jonas, que exortava o povo de Nínive à conversão: “Jonas entrou na cidade e começou a andar. Caminhou um dia inteiro dizendo assim: ‘Dentro de quarenta dias, Nínive será destruída!’. Os ninivitas passaram a crer em Deus e proclamaram um dia de penitência, vestindo-se todos de saco do maior ao menor. O fato chegou até o conhecimento do Rei. Mandou também publicar e proclamar aos ninivitas este decreto do rei e de seus ministros: ‘As pessoas, os animais, o gado e as ovelhas não poderão provar nada, ficando sem pastar e sem água. Pessoas e animais deverão se vestir de saco, clamando a Deus com força’” (Cf. Jn 3,4-8). E o resultado dessa boa prática foi o seguinte: “Deus viu o que eles fizeram e como voltaram atrás de seus caminhos perversos. Compadecido, desistiu do mal que tinha ameaçado. Nada fez.” (Cf. Jn 3,10). Esse é um exemplo claro do jejum aliado à oração, que favoreceu a conversão de um povo inteiro. Escutaram a pregação de Jonas e tiveram fé, virtude fundamental para o crescimento espiritual. Jejuaram e clamaram a Deus, suplicando a Sua misericórdia. Portanto, não se trata de uma demonstração de força humana, mas de um reconhecimento de sua própria miséria, o homem se recusa temporariamente a receber o alimento material para receber em abundância do alimento divino.

Ainda sobre a força espiritual do jejum aliado à oração, podemos citar o versículo com o qual iniciamos esse artigo: “Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum” (Cf. Mt 17, 21). Existem forças malignas que agem neste mundo, quando temos uma vida de oração profunda e somamos isso às práticas penitenciais como o jejum, podemos dizer que, temos um manancial de graça para combater o mal e começamos a viver conforme o ensinamento de São Pedro em sua carta: “Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor como um leão que ruge, procurando a quem devorar” (IPd 5, 8).

Para finalizarmos esse artigo, tenhamos em mente o seguinte: não se conhece, na história da Igreja, algum santo que não tenha usufruído desta ferramenta santificadora. Sendo assim, com discernimento e generosidade, dedique-se para crescer, dia após dia, nessa prática espiritual fecunda. O Senhor nos convoca para a santidade.