quarta-feira, 31 de outubro de 2012

AMANHÃ TJ/AL ESCOLHE NOVO DESEMBARGADOR



N
esta quinta-feira, 1º de novembro, o pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas se reúne em sessão extraordinária para escolher o substituto da desembargadora Nelma Padilha, aposentada por tempo de serviço no último mês de agosto.

A sessão será conduzida pelo presidente desembargador Sebastião Costa Filho e o preenchimento acontecerá pelo critério de merecimento, concorrendo juízes de terceira entrância.

De acordo com portaria da Presidência do TJ/AL, publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) da segunda-feira (29), todos os desembargadores estão convocados para a sessão que começa às 15 horas, no auditório desembargador Olavo Acioli de Moraes Cahet, no prédio-sede da Corte de Justiça, localizado na Praça Marechal Deodoro, no Centro de Maceió.

O QUE BUSCAMOS QUANDO PARTICIPAMOS ATIVAMENTE DA IGREJA?



E
m 5 de setembro último, a equipe de emefecistas maceioenses que organizam e animam a Missa dominical das 17h30min na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças, da Paróquia de Santa Catarina Labouré (Aldebaran), comemoraram três anos de participação ativa na Missa.

A Equipe formada por João e Patrícia Cassella, Neto e Rita, Ailson e Simone, Rainey e Anamaria, Valdo e Nilda, e Jorge e Penha, vem ao longo desses três anos, ajudando o cônego João Neto e conclamando a família emefecista a participarem da Santa Missa Dominical. Sem esquecer-se de Jan e Adenylde, Miltinho e Val, e outros membros da Equipe de Canto do MFC Maceió que animam as Missas do MFC.

A Missa é um sucesso, com vários emefecistas e a comunidade católica da região participando cada vez em maior número da Missa, mas poderia ser bem maior a quantidade de emefecistas, que apresentam desculpas de todo tipo para justificar a ausência (distância da Igreja das residências da parte baixa de Maceió, o horário de a Missa ser no final da tarde/inicio da noite, compromissos sociais aos domingos, o futebol na telinha e também nos estádios, etc...). Mas as desculpas não são, e não serão causas de desânimo e desistência dos que participam ativamente das MISSAS DO MFC no Aldebaran.

Sou da opinião de que atrair pessoas para a Igreja não é difícil. Sempre existem pessoas se apresentando para participarem ativamente. O desafio é fazer com que as pessoas permaneçam.

Permanecer na Igreja deveria nos levar a uma renovação interior constante. Perder o gosto pela participação ativa na Igreja é algo muito presente hoje. É a tentação de transformar a evangelização em rotina e em dever, quando deveria ser a principal fonte de alegria.

A alegria e a plenitude interior de colaborar com a vinda do Reino de Deus e de trabalhar na vinha do Senhor devem ser para a pessoa uma experiência constante. Aqueles que se deixam levar por esta tentação farão de sua ação um trabalho a mais, como outros, limitado pelo peso do dever e da rotina.

Muitos dos cristãos perdem a oportunidade de viver uma experiência amorosa no seio da igreja. “Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos” (cf. Jo 13,35). Jesus nos lembra que devemos ser reconhecidos pela nossa capacidade de amar. E a Igreja deve ser um lugar onde podemos cultivar esse ensinamento.

É preciso fazer um exame de consciência: O QUE BUSCAMOS QUANDO PARTICIPAMOS ATIVAMENTE DA IGREJA?

AMIGO DA ONÇA - Artigo de James Magalhães de Medeiros


AMIGO DA ONÇA

E
m escrito passado, afirmei, que pelos ensinamentos divinos e da natureza somos levados a viver uma vida alegre, fundamentada no diálogo, na interação e na amizade. O próprio filósofo Aristóteles, frente a essa realidade, afirmou, em sua obra – Ética a Nicómaco: “Sem amigos ninguém escolheria viver, ainda que houvesse outros bens.”

Portanto, amizade é bem inalienável, pois sentimento pessoal e personalismo, essencial ao viver bem. Mesmo que fosse um desejo pessoal, o homem não suportaria viver na solidão, posto que não é da sua essência.

O grande entrave é como pescar amigo e manter amizade, na sociedade capitalista e interesseira em que vivemos. Nem mesmo Jesus acertou na escolha que fez dos doze amigos e discípulos. Na hora que mais precisou, somente um manteve-se próximo e o acompanhou até o Calvário. Os outros sumiram, um negou três vezes, outro o traiu por trinta moedas, e um terceiro duvidou.

Ao jogarmos a nossa rede sobre o mar social, na busca de amigo e amizade, várias espécies de pessoas aparecerão, naturalmente. O mais importante é fazer a catação de quem tem caráter e personalidade dos que não possui. Aí está a diferença, isto é, saber escolher ou ter a sorte de escolher bem.

Milton Nascimento, em sua Canção da América, define muito sabiamente, sobre o verdadeiro amigo, quando afirma:”Amigo é coisa para se guardar/debaixo de sete chaves/Dentro do coração...”

Se nos deparamos com o contrário, isto é, não pescar amigo ou pensar que o fez, poderemos correr o risco de escolher amigo da onça, antigo personagem da revista “O Cruzeiro”, que passou a simbolizar um amigo não muito leal, muitas vezes uma pessoa falsa ou hipócrita, sendo comum até os dias de hoje tal referência.

Para os mais jovens, o personagem amigo da onça é uma criação do cartunista Péricles de Andrade Maranhão, publicado pela primeira vez na revista “O Cruzeiro”, em 23 de outubro de 1943, através do qual satirizava, ironizava e criticava os costumes, bem como desmascarava seus interlocutores.

Comportamento parecido teve Titus Iulius Phaedrus, nascido na Trácia, e levado para Roma muito jovem, que se rebelava contra os costumes e as injustiças através de suas famosas fábulas. A diferença é que o primeiro se expressava pela charge, enquanto que o segundo por suas fábulas. 

Se você ainda não encontrou o seu verdadeiro amigo, para cultivar a amizade necessária para o seu viver, tenha paciência, pois amigo é coisa rara. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

FRUTAS QUE CURAM - AMORA



T
anto a amoreira quanto algumas espécies de plantas medicinais, chamadas “silvas”, produzem AMORAS. Há amoras brancas e pretas, mas só as pretas são comestíveis. As brancas servem apenas para alimentar animais. É uma fruta de sabor ligeiramente ácido e adstringente, usada para fazer doces, compotas e geléias.

A amora é muito rica em vitaminas A, B e C e contém ácido cítrico. Tem propriedades depurativas, digestivas e refrescantes.

MFC SANTO ANTÔNIO DA PLATINA-PR PARTICIPA DE REUNIÃO DIOCESANA



O
 Movimento Familiar Cristão de Santo Antônio da Platina – Paraná participou no sábado, 27 de outubro, da REUNIÃO DIOCESANA AMPLIADA, com a direção de Dom Antônio Braz Benevente - bispo diocesano, e a participação de padres, freis, freiras, diáconos e catequistas e movimentos leigos de 32 cidades da região.

A reunião que acontece anualmente visa o planejamento e integração das ações conjuntas das paróquias da Diocese.

Membros do Movimento Familiar Cristão de Santo Antônio da Platina participaram na organização, coral e no restaurante, aonde foi servido o almoço para aproximadamente 250 pessoas.

A próxima REUNIÃO DIOCESANA AMPLIADA já tem data marcada: 26 de outubro de 2013.

FAMÍLIA... TEMOS MUITO A APRENDER!


Elza, Flávio, Ilson, Luciana, Lindinalva e Olímpio Alvis
Equipe Sagrada Família – MFC Rondonópolis/MT

A
tualmente somos bombardeados por uma infinidade de informações, mas assimilamos poucos aprendizados. Falamos muito, olhamos para muitas coisas diferentes, mas vemos pouco e pouco aprendemos, porque não há tempo para debruçar sobre os fatos; para “reparar” o que realmente acontece à nossa volta.

Dia desses, ouvimos a história de um pai que vale a pena reproduzi-la para uma reflexão: “Um pai ao chegar a sua casa foi logo para o quarto e nem percebeu que o seu filho estava brincando na sala. Foi para o banho e ao sair do banheiro deparou com o filho que logo se atirou em seus braços e lhe disse: papai, o senhor está bem? O senhor entrou e nem me viu na sala. Parece que o senhor nem reparou que a mamãe não está em casa. Ela passou mal e foi para a casa da vovó. Será que ela vai ficar boa?”.

Naquele momento, o pai sentiu um aperto no coração, pois percebeu o quanto estava ausente, não só do filho, mas de toda a família. A preocupação da criança o sensibilizou e, a partir daquele dia, resolveu diminuir o ritmo do trabalho e se dedicar mais à esposa e aos filhos.

E você, como está se relacionando com a sua família? Está aberto a aprender com as crianças e com os seus familiares? Como tem sido o diálogo em sua casa?

Por mais difícil que seja a experiência do diálogo, a partilha em família nos ajuda a crescer no amor e na união.  Experimente olhar com mais atenção para as pessoas que te rodeiam. Tente entender porque agem dessa ou daquela maneira antes de criticá-las. Busque perceber as qualidades das pessoas e não perca a oportunidade de elogiá-las com sinceridade, pois o elogio engrandece, gera alegria e cria laços de harmonia.

Ao contrário da linguagem televisiva e da mídia em geral que se preocupa mais em mostrar fatos catastróficos, de violência e desamor, aprendamos a espalhar o amor, a começar pela nossa casa, lembrando que “gentileza gera gentileza”.

Ser gentil custa pouco e é um ótimo investimento. Experimente tratar sua família como você trataria seu melhor cliente; afinal, quando a família é bem sucedida, o primeiro a ser beneficiado será você mesmo.

Pense nisso... Como refletia nosso saudoso papa João Paulo II “investir na família é construir o futuro”.

Fonte: MFC NOTÍCIAS

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

BANCO DO BRASIL ABRE INSCRIÇÕES PARA CONCURSO


  
A
té o dia 5 de novembro de 2012 é possível se inscrever na terceira seleção externa do Banco do Brasil em 2012. O concurso será realizado para formação de cadastro de reserva, para o cargo de escriturário, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas (parte do estado), Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina (parte do estado) e Sergipe.

Para participar, é preciso ter certificado de conclusão ou diploma de curso de nível médio e idade mínima de 18 anos completos até a data da contratação. A jornada de trabalho é de 30 horas semanais, com remuneração de R$ 1.892,00 mensais, cesta alimentação de R$ 367,92 e auxílio refeição de R$ 472,12.

A seleção é composta por provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, com questões de conhecimento básico, que incluem Língua Portuguesa, Atualidades do mercado financeiro, Matemática e Raciocínio Lógico e conhecimentos específicos, que abrangem Informática, Atendimento, Técnica de vendas, Cultura Organizacional e Conhecimentos Bancários.

A Prova Discursiva - Redação - de caráter eliminatório será aplicada no mesmo dia e horário das provas objetivas, para todos os candidatos presentes, e somente será avaliada a dos candidatos habilitados e mais bem classificados nas provas objetivas. Na segunda etapa, são realizados exames médicos e procedimentos admissionais, de caráter eliminatório.

Candidatos empossados terão possibilidade de ascensão e desenvolvimento profissional, participação nos lucros ou resultados, nos termos da legislação pertinente e acordo sindical vigente e possibilidade de participação em planos assistenciais e previdenciários complementares.

As inscrições serão recebidas através do site da Fundação Carlos Chagas: www.concursosfcc.com.br. A taxa é de R$ 40,00. A aplicação das Provas Objetivas e da Prova Discursiva-Redação está prevista para o dia 13 de janeiro de 2013.

O Edital completo está disponível no link http://www.bb.com.br/docs/pub/siteEsp/SelExt2012003.pdf

MFC TUBARÃO-SC PROMOVE GINCANA FILANTRÓPICA



O
 Movimento Familiar Cristão de Tubarão – Santa Catarina movimentou seus membros em mais uma Gincana para arrecadar cestas básicas e dinheiro em prol de famílias carentes e instituições filantrópicas.

No domingo (21) pela manhã, após dois meses de trabalho, os emefecistas de Tubarão participaram de um momento de prazer e descontração trabalhando em prol do próximo.

Na gincana anterior foi arrecadado o suficiente para realizar reformas e construir três casas para pessoas necessitadas. Neste ano foram arrecadados 936 cestas básicas e mais de R$ 17 mil.

A finalidade principal é fazer um trabalho social, ajudando as pessoas e entidades carentes de Tubarão e toda região.

O Movimento Familiar Cristão de Tubarão, com aproximadamente 150 membros, tem como objetivo evangelizar, humanizar, promover, educar e dar assistência social às famílias para que cumpram sua missão de formadoras de pessoas, educadoras da fé e promotoras do bem comum.

ENCONTRO DE JOVENS DO MFC TEM VAGAS AUMENTADA EM 25%



A
 Equipe escolhida pela Equipe Estadual do Movimento Familiar Cristão em Alagoas para promover o 1º ENCONTRO DE JOVENS DO MFC MACEIÓ se reúne constantemente com os coordenadores das diversas Equipes de Serviço para realizar com sucesso o evento que acontecerá nos dias 9, 10 e 11 de novembro, na Sede dos Cursilhos, no bairro do Farol.

As vagas ofertadas inicialmente foram aumentas em 25%, passando de 40 para 50 vagas, em virtude da grande procura. A inscrição só estará efetivada após a visita do Grupo de Apoio e o pagamento da taxa de inscrição. Novas inscrições serão aceitas, na condição de ficarem aguardando desistências, se houver.

No Encontro, os maiores custos são com o aluguel do local do Encontro e com alimentação. Serão três dias, com alimentação para aproximadamente 150 pessoas e é necessário que os emefecistas maceioenses sejam generosos, doando produtos que constam na LISTA DE MANTIMENTOS.  Aqueles que se prontificarem a doar qualquer produto da lista podem entrar em contato com a coordenação do Encontro através do telefone: 9104-8311 (Lucila) ou pelo E-mail: lucila@lucmar.com.br

A Equipe de Coordenação do MFC JOVEM DE ALAGOAS é formada pelos casais Flávio e Lucila (Grupo Caná da Galileia), Palmeira e Millena (Grupo Mãos Dadas)e Gilson e Nana (Grupo Mãos Dadas).

Nossos relacionamentos, nossas vivências, nossas atuações no MFC, geram um comportamento de afeição, de amor, de fraternidade e de simpatia, resultando nas nossas grandes amizades fixadas ao plano de Deus.

domingo, 28 de outubro de 2012

COMUNICADO DE FALECIMENTO - MARIA OLIVEIRA SILVA



C
omunicamos com pesar o falecimento de MARIA OLIVEIRA SILVA, mãe do emefecista Fiel de Claudete - Grupo Amigos para Sempre do Movimento Familiar Cristão de Maceió, ocorrido neste domingo, 28 de outubro, às 06 horas da manhã.

O sepultamento está previsto para as 19 horas deste domingo (28), no Cemitério Campo Santo Parque das Flores, em Maceió.

Confiantes no amor de Deus e na certeza de que agora MARIA OLIVEIRA SILVA está na graça do Pai, elevemos os nossos pensamentos, em comunhão com a família, orando pela sua alma, unidos no sentimento e na prece.

As Coordenações de Estado e da Cidade de Maceió do Movimento Familiar Cristão expressam seus sentimentos à família enlutada, nesse momento de dor e sofrimento, com a certeza que Deus acolherá MARIA OLIVEIRA SILVA em sua maravilhosa graça.

Nossos relacionamentos, nossas vivências, nossas atuações no MFC, geram um comportamento de afeição, de amor, de fraternidade e de simpatia, resultando nas nossas grandes amizades fixadas ao plano de Deus.

ANIVERSARIANTE DO DIA - LUCILA DE FLÁVIO


HOJE, 160ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN


 

LEMBRE-SE:
“SE NÃO PARTICIPARMOS DA MISSA, DE NADA VALE NOSSO ESFORÇO SEMANAL.”
  

O PERDÃO COMO FONTE DE CONVERSÃO E DE CURA


Fabiano Ferreira Silva
Montes Claros⁄MG

O
 perdão que muito me fascina é o do pai que perdoa o filho pródigo (Lc 15,11-32), esse que pai que representa Deus. O filho pródigo volta para a casa do pai esperando encontrar ódio, ira, e outros sentimentos ruins, mas o seu pai nos mostra o tamanho da misericórdia de Deus, acolhendo-o e fazendo festa com a sua chegada, não quis nem saber por onde o filho andava, deu-lhe logo um abraço e uma festa.

Esse é um exemplo para nós de como perdoar, sem olhar para trás, somente amando. A Igreja nos ensina que: "Deus tem o poder de perdoar os pecados, mas transmite esse poder aos homens para que o exerçam em seu nome", Ele transmite esse poder aos homens justamente para que possamos crescer no amor. Devemos então sair do óbvio e praticar aquilo que intriga o mal, o perdão.

A maior dificuldade do ser humano é perdoar, primeiramente ele pensa na vingança, que é o que o mundo ensina. O perdão como fonte de cura é o que mais precisamos. Jesus Cristo é a contradição, ao invés da vingança; o perdão. E perdoar nos faz tão bem porque nos alivia, nos afasta do ódio. Mas, para que eu perdoe o outro é necessário que eu também perdoe a mim mesmo.

Urge então, fazer essa experiência e dar a Deus a chance de abrir as válvulas de nosso coração e "desprender" o perdão. Todos nós passamos por situações dolorosas que nos marcam muito, por isso ficamos magoados, são situações que envolvem pessoas, acontecimentos, e até mesmo chegamos ao ponto de magoarmos com Deus. A falta de perdão é como um coágulo dentro das veias do nosso coração: ele impede o fluxo de sangue, impede a graça de Deus. Para muitos de nós é difícil perdoar porque isso implica tocar nas feridas e mexer em situações dolorosas, implica abrir o coração e remexer no "lixão" da nossa vida.

Seria mais fácil não tocar em nada disso, mas imagine conservar uma lata cheia de lixo dentro da nossa casa! Ninguém iria aguentar o mau cheiro. Quando o perdão já extinguiu-se da nossa vida nos tornamos pessoas difíceis; talvez, as mais difíceis em nossa casa. A causa disso são mágoas e ressentimentos, a falta de perdão que carregamos conosco. O perdão não é uma imposição, mas sim uma graça de Deus que permite que tiremos do nosso coração tudo o que está estragado.

É preciso viver o perdão em sua plenitude, e para viver bem essa proposta, é preciso ter fé e confiança em Deus. Culpar não vai trazer de volta a oportunidade perdida. Desculpe quem errou, desculpar é virar as costas para o erro e caminhar para o futuro, o segredo para recebermos o perdão não é só pedir sinceramente a quem causamos mágoas, mas também perdoar os erros dos outros. O perdão nada mais é do que um exercício de humildade, através do qual podemos avaliar nossa capacidade de amar o outro. A negação do perdão é bastante prejudicial, não a quem se nega o perdão, mas a nós mesmos, contrariamente ao que pensamos. Por meio do perdão poderemos viver melhor, sem ressentimento, sem mágoas, livre para ser feliz!

LITURGIA DO 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 28/10/2012



“CORAGEM, LEVANTA-TE, JESUS TE CHAMA!”
Estamos encerrando o mês missionário. Nós, batizados, fomos libertados da cegueira, não estamos mais à beira do caminho. Agora somos chamados a ouvir os clamores de quem está fora da estrada, ansiando por Jesus. Nem sempre esses clamores são ruidosos, mas o Espírito nos ajuda a perceber a inquietação dos que, no mundo, não têm o coração voltado para o Deus da verdade. Toda a Igreja é missionária.
   
30º DOMINGO COMUM
1ª Leitura: Jr 31,7-9
Salmo Responsório: 125
2ª Leitura: Hb 5,1-6
Evangelho: Mc 10,46-52

EVANGELHO
Marcos 10,46-52
   
Naquele tempo, 46Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho.

47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”

48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”

49Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!”

50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus.

51Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!”

52Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.

— Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
Padre Amaro Gonçalo

“DEU UM SALTO E FOI TER COM JESUS” (Mc 10,50)!
Este sim é um verdadeiro salto vital, um salto de qualidade na fé, um passo em frente, na adesão a Cristo, Único Salvador. Podemos mesmo ver, nos passos da cura deste cego, o nosso próprio caminho da fé, desde o seu desejo de ver a Deus, até chegar à fonte da luz, que o ilumina, desde o batismo. À luz, deste luminoso passo da Escritura, vejamos os três passos fundamentais, no caminho da fé cristã:

1. Para chegar a fé, é preciso, em primeiro lugar, reconhecer, diante de Deus, que sou “um infeliz, um miserável, um pobre, cego e nu” (Ap.3,17). É preciso gritar, como aquele cego, e desde o mais fundo de mim mesmo, uma e outra vez: “Jesus, filho de David, tem piedade de mim”. É esta oração que comove o coração de Cristo, que então para, manda chamar o cego e o cura. Assim se vê, que sem a humildade, de quem se reconhece necessitado de salvação, não é possível chegar à fé, que nos salva. Como vos escrevi na Carta Pastoral, “a fé salva-me, na medida em que me cura de uma vida centrada e apostada em Mim, e me leva a abrir o coração, a um Deus, que é maior do que eu” (Abri os corações, n.10). Isso mesmo o atesta a cena do evangelho, que nos fala precisamente de uma fé “que nos liberta da ideia de que nos fazemos ou salvamos sozinhos. Dizer que é «a fé que nos salva», significa dizer que «não sou eu, com as minhas virtudes pessoais, que posso merecer ou conquistar a salvação. Sou salvo por um Amor, que é maior do que o meu pecado e maior do que o meu coração»” (Ibidem).

2. Mas, para chegar à fé, é preciso, depois, ter a coragem de sair da berma do caminho, para chegar ao encontro pessoal com Cristo. Isto implica liberdade para atirar fora a capa, que nos esconde as misérias, e disponibilidade, para responder e corresponder à Palavra de Cristo, que me chama. Na verdade, o momento decisivo da fé é o encontro pessoal e direto entre o Senhor e aquele homem que sofria. Encontram-se um diante do outro: Deus, com a sua vontade de curar, e o homem, com o seu desejo de ser curado. Duas liberdades, duas vontades convergentes: "Que queres que Eu te faça?", pergunta o Senhor. "Que eu recupere a vista!", responde o cego. "Vai, a tua fé te salvou". Com estas palavras realiza-se o milagre, que faz brotar, da alegria de Deus, a alegria do homem. Aqui se vê que a fé é verdadeiramente um dom de Deus, uma graça (cf. CIC 153), mas é também «um ato autenticamente humano» (CIC 154), pelo qual o homem, de modo livre e inteligente, confia em Deus e adere à sua Palavra. Aqui se vê, e mais uma vez, que “no início do ser cristão, não há uma decisão moral ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma pessoa, que dá à vida um novo horizonte e um rumo decisivo” (DCE 1).

3. A fé traduz-se, por fim e sempre, num caminho de seguimento de Jesus, tal como o de Bartimeu, que vindo à luz, "começou a seguir Jesus no seu caminho": isto é, torna-se um discípulo, e sobe com o Mestre a Jerusalém, para participar com Ele no grande mistério da cruz, da morte e da ressurreição. A fé torna-se então, e para sempre, uma “companheira de vida, que nos permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós” (PF 15). Por isso, quem se deixa fascinar por Cristo, quem foi iluminado por Ele no batismo (Hb 10,38) não pode viver, sem dar testemunho da alegria de seguir os seus passos, sem anunciar a todos, o amor de Deus, com o testemunho da própria vida.

Posto isto, valia a pena ficarmos em silêncio e respondermos à pergunta do Papa, na sua primeira catequese, sobre o Ano da fé: “a fé é verdadeiramente a força transformadora da minha vida? Ou é apenas um dos elementos que fazem parte da existência, sem ser aquele determinante, que a abrange totalmente”?

ORAÇÃO
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais, para conseguirmos o que prometeis. Amém!

Editado por MFC ALAGOAS

LITURGIA DO 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 28/10/2012



“CORAGEM, LEVANTA-TE, JESUS TE CHAMA!”
Estamos encerrando o mês missionário. Nós, batizados, fomos libertados da cegueira, não estamos mais à beira do caminho. Agora somos chamados a ouvir os clamores de quem está fora da estrada, ansiando por Jesus. Nem sempre esses clamores são ruidosos, mas o Espírito nos ajuda a perceber a inquietação dos que, no mundo, não têm o coração voltado para o Deus da verdade. Toda a Igreja é missionária.
   
30º DOMINGO COMUM
1ª Leitura: Jr 31,7-9
Salmo Responsório: 125
2ª Leitura: Hb 5,1-6
Evangelho: Mc 10,46-52

EVANGELHO
Marcos 10,46-52
   
Naquele tempo, 46Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho.

47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”

48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”

49Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!”

50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus.

51Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!”

52Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.

— Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
Padre Amaro Gonçalo

“DEU UM SALTO E FOI TER COM JESUS” (Mc 10,50)!
Este sim é um verdadeiro salto vital, um salto de qualidade na fé, um passo em frente, na adesão a Cristo, Único Salvador. Podemos mesmo ver, nos passos da cura deste cego, o nosso próprio caminho da fé, desde o seu desejo de ver a Deus, até chegar à fonte da luz, que o ilumina, desde o batismo. À luz, deste luminoso passo da Escritura, vejamos os três passos fundamentais, no caminho da fé cristã:

1. Para chegar a fé, é preciso, em primeiro lugar, reconhecer, diante de Deus, que sou “um infeliz, um miserável, um pobre, cego e nu” (Ap.3,17). É preciso gritar, como aquele cego, e desde o mais fundo de mim mesmo, uma e outra vez: “Jesus, filho de David, tem piedade de mim”. É esta oração que comove o coração de Cristo, que então para, manda chamar o cego e o cura. Assim se vê, que sem a humildade, de quem se reconhece necessitado de salvação, não é possível chegar à fé, que nos salva. Como vos escrevi na Carta Pastoral, “a fé salva-me, na medida em que me cura de uma vida centrada e apostada em Mim, e me leva a abrir o coração, a um Deus, que é maior do que eu” (Abri os corações, n.10). Isso mesmo o atesta a cena do evangelho, que nos fala precisamente de uma fé “que nos liberta da ideia de que nos fazemos ou salvamos sozinhos. Dizer que é «a fé que nos salva», significa dizer que «não sou eu, com as minhas virtudes pessoais, que posso merecer ou conquistar a salvação. Sou salvo por um Amor, que é maior do que o meu pecado e maior do que o meu coração»” (Ibidem).

2. Mas, para chegar à fé, é preciso, depois, ter a coragem de sair da berma do caminho, para chegar ao encontro pessoal com Cristo. Isto implica liberdade para atirar fora a capa, que nos esconde as misérias, e disponibilidade, para responder e corresponder à Palavra de Cristo, que me chama. Na verdade, o momento decisivo da fé é o encontro pessoal e direto entre o Senhor e aquele homem que sofria. Encontram-se um diante do outro: Deus, com a sua vontade de curar, e o homem, com o seu desejo de ser curado. Duas liberdades, duas vontades convergentes: "Que queres que Eu te faça?", pergunta o Senhor. "Que eu recupere a vista!", responde o cego. "Vai, a tua fé te salvou". Com estas palavras realiza-se o milagre, que faz brotar, da alegria de Deus, a alegria do homem. Aqui se vê que a fé é verdadeiramente um dom de Deus, uma graça (cf. CIC 153), mas é também «um ato autenticamente humano» (CIC 154), pelo qual o homem, de modo livre e inteligente, confia em Deus e adere à sua Palavra. Aqui se vê, e mais uma vez, que “no início do ser cristão, não há uma decisão moral ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma pessoa, que dá à vida um novo horizonte e um rumo decisivo” (DCE 1).

3. A fé traduz-se, por fim e sempre, num caminho de seguimento de Jesus, tal como o de Bartimeu, que vindo à luz, "começou a seguir Jesus no seu caminho": isto é, torna-se um discípulo, e sobe com o Mestre a Jerusalém, para participar com Ele no grande mistério da cruz, da morte e da ressurreição. A fé torna-se então, e para sempre, uma “companheira de vida, que nos permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós” (PF 15). Por isso, quem se deixa fascinar por Cristo, quem foi iluminado por Ele no batismo (Hb 10,38) não pode viver, sem dar testemunho da alegria de seguir os seus passos, sem anunciar a todos, o amor de Deus, com o testemunho da própria vida.

Posto isto, valia a pena ficarmos em silêncio e respondermos à pergunta do Papa, na sua primeira catequese, sobre o Ano da fé: “a fé é verdadeiramente a força transformadora da minha vida? Ou é apenas um dos elementos que fazem parte da existência, sem ser aquele determinante, que a abrange totalmente”?

ORAÇÃO
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais, para conseguirmos o que prometeis. Amém!

Editado por MFC ALAGOAS

sábado, 27 de outubro de 2012

ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO - MIGUEL & PATRÍCIA

CAIXA SUPERA R$ 80 BILHÕES EM CRÉDITO PARA CASA PRÓPRIA


Volume já é o mesmo contratado em todo o ano de 2011

A
 Caixa Econômica Federal alcançou R$ 80,2 bilhões em contratações do crédito imobiliário em 2012. O volume contratado até o último dia 23 de outubro representa o total registrado em todo o ano de 2011 e corresponde a um crescimento de 36,2% em relação ao mesmo período no ano passado, quando realizou R$ 58,8 bilhões. A expectativa do banco para o final de 2012 é de atingir a marca recorde de R$ 100 bilhões de empréstimos para a casa própria.

A CAIXA também ampliou a participação no mercado imobiliário nas aplicações com recursos da poupança neste ano, chegando a 55,4% de participação no mês passado. Até o dia 23 de outubro, as linhas com recursos da poupança registraram R$ 35,7 bilhões.

Segundo o vice-presidente de Governo e Habitação da CAIXA, José Urbano Duarte, o crescimento histórico nos empréstimos imobiliários também pode ser associado ao Programa CAIXA Melhor Crédito, lançado pelo banco em abril deste ano, que teve como pilares a redução acentuada das taxas de juros, o aumento do volume de recursos disponíveis ao mercado, a valorização dos clientes – atuais e novos – e a orientação para o crédito consciente, além da melhoria na eficiência operacional.

“Com o Programa CAIXA Melhor Crédito, reduzimos as taxas de juros do crédito imobiliário em até 21% e, para as operações com recursos da poupança, aumentamos o prazo de financiamento, de 30 para 35 anos. Essas mudanças ampliaram a capacidade de pagamento das famílias que podem, agora, comprar imóveis maiores e melhores, com a mesma renda pagando menos juros. Fator que, associado às constantes melhorias operacionais, vem ampliando nossa capacidade de atendimento", afirma Urbano.

ATENDIMENTO AO CRÉDITO IMOBILIÁRIO:
Para acelerar ainda mais as contratações no crédito imobiliário, a CAIXA está investindo na ampliação de sua rede de atendimento. Em junho deste ano, lançou o site Feirão CAIXA da Casa Própria na internet, no qual são publicados, pelos correspondentes parceiros, imóveis já avaliados pelo banco e pesquisa cadastral dos vendedores aprovada, agilizando o processo de compra.

No último dia 30 de agosto, a CAIXA anunciou, ainda, a criação de uma empresa processadora de crédito imobiliário, para atuar na modernização de processos empresariais e serviços do setor, bem como ampliar o acesso à casa própria. A nova empresa tem como acionistas a IBM, a Fundação dos Economiários Federais (FUNCEF) e a Caixa Participações (CAIXAPAR), braço de investimentos da CAIXA.

A empresa pretende proporcionar mais agilidade e conveniência nas contratações dos financiamentos habitacionais. Os clientes receberão informações da situação de seus processos de financiamentos em tempo real, por meio da internet e celular, podendo inclusive complementar documentos e informações por meio desses canais.

A SUPERAÇÃO DE NOSSOS PROBLEMAS


A SUPERAÇÃO DE NOSSOS PROBLEMAS
Dado Moura - Comunidade Canção Nova

É bom saber que crise alguma dura para sempre

D
iante dos inesperados acontecimentos que surgem em nossas relações, aprendemos que, somente a partir deles, vamos crescer e amadurecer dentro de nossos relacionamentos.

É bom saber que crise alguma dura para sempre, tampouco é inédita. E para o nosso conforto, de alguma forma, sempre haverá perto de nós alguém que já tenha vivido uma história tão delicada quanto a nossa e, que tendo enfrentado situações semelhantes, apesar de toda dificuldade, naquele momento conseguiu encontrar soluções alternativas, fazendo dessa experiência uma lição de vida.

Assim, para aqueles que estão envoltos nos ventos das adversidades, fica a certeza de que também será possível vencê-las tomando como estímulo a história de superação de outras pessoas que passaram por provações. Isso não significa que os procedimentos que alguém tenha tomado para resolver um impasse seja exatamente o que precisaremos fazer.

As pessoas são diferentes, trazem hábitos e comportamentos próprios, dessa forma, aquelas atitudes que foram assumidas por outras pessoas poderão nos servir apenas como pistas para as alternativas que podemos optar diante do nosso problema. Contudo, conhecer outras histórias de superação nos enche da certeza de que também seremos capazes de vencer nossos obstáculos e dilemas que, por ora, enfrentamos nos desafios da nossa convivência.

Para essa retomada da esperança diante das adversidades, basta recobrar outros momentos de nossa história, quando, naquela ocasião, determinado problema nos parecia também não ter solução. Se as crises financeiras que atingiram alguns países os fizeram fortes após uma nova atitude e investidas para sair dos problemas; o mesmo acontece em nossas vidas, quando nos colocamos dispostos a viver o resgate dos laços dos nossos relacionamentos.

Lembremo-nos de alguns impasses que foram superados há 2 ou 3 anos… Quem sabe não encontremos outros que tenham sido recentemente superados. Para todos eles a solução comum para o problema foi a descoberta de que a resposta estava simplesmente no desejo de recomeçar.

Todas essas fases foram vencidas e, hoje, essas histórias fazem parte de mais um capítulo que vai compor o nosso filme autobiográfico das “causas superadas”. Talvez, no futuro, poucas pessoas venham a se interessar em assistir o nosso “filme”, mas as lembranças dos acontecimentos, os quais um dia foram superados, não permitirão que o desânimo nos faça desistir do propósito de viver um “longa-metragem” com quem escolhemos contracenar nesta vida.

Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros e Lidando com as crises

CORREIO MFC BRASIL Nº 296

  




A matança de jovens em Mesquita, com todos os requintes de crueldade própria de monstros inflados por ódios desumanos desperta na população, mais que medo, um profundo desalento e desesperança na busca da construção de uma civilização verdadeiramente humana que se tenta concretizar.



VIOLÊNCIA É UMA DROGA
HELIO AMORIM – MFC/RJ


E
ssa barbárie repetida está sempre vinculada ao tráfico de drogas. São ações “corretivas” que só traficantes drogados são capazes de executar para impor o pavor nos “pés de chinelo”, punindo os que “traíram” a confiança dos chefes. Advertência desumana para os que ainda não “pisaram na bola”. Esse é o idioma dos becos do tráfico para garantir a fidelidade dos adolescentes e jovens cooptados para o comércio de drogas. Já há presos e fugitivos identificados.

Esse crime hediondo não pode deixar de ser punido exemplarmente, para inibir novas chacinas. A guerra ao tráfico é difícil, revelam-se a cada dia cumplicidades inesperadas. Deve ser levada a consequências visíveis nas cúpulas escondidas em apartamentos de luxo, esconderijos às vezes conhecidos mas imunes à repressão policial por parcerias criminosas de alto nível. Denúncias dos capi desse comércio devem ser premiadas generosamente, prêmios gordos anunciados para estimular essa “traição dos cúmplices” do crime organizado.

Não se combate eficazmente o tráfico prendendo apenas os que atuam nos pontos de venda e seus chefes imediatos vivendo com alguns luxos modestos nas próprias favelas em que comandam esse comércio. As ações devem ser focadas com mais intensidade e inteligência, nos bairros nobres das cidades. Os grandes gestores e financiadores do tráfico são ricos, não moram nos lugares de vendas e armazenamento de drogas nem deles chegam perto. Não se expõem a perigos desnecessários. Comandam de longe, invisíveis, com cuidados e bons advogados, deixando os riscos com suas quadrilhas de fornecedores e traficantes transfronteiras, transportadores e distribuidores internos.

Do outro lado, estão os consumidores, dependentes desse veneno do corpo e do espírito. Se a repressão pudesse ter êxito completo, como ficariam os que se drogam compulsivamente? Onde encontrar a droga agora necessária para não viverem transtornos psíquicos que podem desencadear grande sofrimento, angústia e atos desesperados? Esse é o desafio, além do esforço competente do apoio terapêutico mais amplamente disponível e acessível para uma superação efetiva da dependência. O mundo procura a possível solução desse dilema planetário. Em primeiro lugar, é preciso partir da consciência de que havendo procura haverá oferta. É a regra imutável do mercado.


Crescendo a repressão, o preço da droga aumentará e a ansiedade exigirá novos artifícios para conseguir dinheiro para a compra. O adolescente já não sabe explicar como some a mesada ou para onde foi o dinheiro que desapareceu misteriosamente de casa. Pais desconfiam mas não têm certeza. A descoberta é sempre tardia.

Essa necessidade incontrolável pode levar ao crime, mesmo nas classes privilegiadas. Roubar e mesmo matar para comprar e consumir. A alternativa para o viciado seria o crack, muito barato mas mortal no curto prazo. Os viciados das classes médias melhor informados já conhecem esse risco de morte e não se arriscam.

Uma das muitas saídas, todas igualmente difíceis de administrar, seria o cadastramento dos viciados que aceitassem acompanhamento médico em serviços de saúde credenciados e recebessem um cartão de dependente, para conseguir a sua droga grátis ou a preço simbólico em drogarias cuidadosamente selecionadas para esse serviço. Aquisição por entidade sanitária pública em país produtor conhecido, mediante acordo entre organismos de governos, a preços do agricultor local, considerando tratar-se de política de governo contra a praga. Objetivo inicial, interromper a relação direta com o traficante e competir para reduzir o seu mercado. O interesse do drogado seria livrar-se do preço crescente do traficante motivado pela repressão policial, aceitando orientação e controle da dosagem farmacêutica e algum tipo de acompanhamento de especialistas - ou, ainda, participação em grupos de apoio mútuo que apresentam resultados animadores (“grupos de drogados anônimos”).

Outras medidas de controle sanitário e policial mais efetivas e eficazes somadas, focadas na oferta de saídas aos dependentes e na identificação e prisão dos financiadores ocultos, com premiação da denúncia, poderiam levar a bons resultados a médio prazo. A preparação das escolas e seus professores para uma orientação competente e constante dos alunos, com recursos didáticos adequados, debate de filmes, verbas generosas para viabilizar tudo que contribua para a consciência dos riscos desde a infância e a adolescência, tudo somado e articulado, resultará em conquistas apreciáveis. Mas não dá para esperar.

Epístola de S. Tiago, irmão de Jesus (Tg 5, 1-6).
  
1. E agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós.
2. Vossa riqueza está apodrecendo e vossas roupas estão carcomidas pelas traças.
3. Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de testemunho contra vós e devorar vossas carnes, como fogo! Amontoastes tesouros nos últimos dias.
4. Vede: o salário dos trabalhadores que ceifaram vossos campos, que deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor.
5. Vós vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, cevando vossos corações para o dia da matança.
6. Condenastes o justo e o assassinastes, ele não resistiu a vós.

A denúncia de Tiago atravessa dois milênios e nos chega como uma espada, advertindo-nos para a injustiça que permanece no mundo. O desafio aos cristãos é o dever da denúncia corajosa de toda forma de exploração, dominação e marginalização dos pobres numa sociedade de competição cruel e desigual. E o engajamento efetivo na luta pela construção de um país e um mundo melhores, prenúncio do Reino.

Pensamentos de Rubem Alves, poeta e educador

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.