segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

AS COISAS MUDAM? OU MUDAMOS NÓS?

Rainey Barbosa Alves Marinho
Vice-Coordenador MFC ALAGOAS
Rainey Barbosa Alves Marinho
Vice-coordenador estadual do MFC ALAGOAS

S
empre que chega o final de ano somos tomados de assalto por questões que envolvem o desejo de alterar, para melhor, nosso futuro. Pedimos aos céus oportunidades profissionais, viagens, saúde, felicidade, amor...

Sobrecarregamos - nossos anjos-da-guarda, Deus, deuses – até algumas entidades heterodoxas que acreditamos que possam ajudar a realizar nossa cesta de brindes futuros. Pulamos ondas, comemos alimentos que transmitem bons fluídos, usamos vestimentas de cores específicas que na crendice popular até suspeitamos que sejam ímãs que atraem o amor eterno e o dinheiro dependendo do pigmento.

Muito inteligente o cidadão que inventou o tempo. Muito mais o que dimensionou um reinício em nosso calendário, depois de passados trezentos e sessenta e cinco dias – um ano.

Sabe, emocionalmente funciona. Todos são invadidos por um sentimento de esperança em um ano melhor - que as coisas que nos cercam finalmente mudem. “Esse ano vou ser feliz” dizia uma pessoa ao meu lado no final de 2012. Eu até poderia encarar o pedido como uma coisa tão genérica que pareceria vaga, mas fui invadido por uma tristeza enorme ao me depara com alguém muito mais velho, que até aquele momento da vida não tinha experimentado a felicidade. Muito assustador.

Mas, as coisas mudam? Ou mudamos nós?

Carlos Heitor Cony tem uma frase muito interessante: “Ano novo, vida velha. A vida é mais do que calendários, fusos ou orbita gravitacional”. Eu proponho a todos um desafio. Olhe-se em um espelho antes da virada do ano. Fitem-se por alguns segundos e digam a si mesmos: “aí está o cara que vai cuidar de seu corpo, por isso terá saúde; esse é o cidadão que irá correr atrás de seus sonhos, por isso pode até não alcançar a felicidade completa, mas estará lutando por ela; vejo o homem que vai trabalhar duro, por isso vai conseguir sua promoção; enxergo alguém que irá abrir seu coração, por isso estará bem mais perto de descobrir o amor”. A parte relativa ao imponderável nestes pedidos, deixemos a Deus resolver.

A palavra chave é audácia. Não é fácil sair da zona de conforto.

Carlos Drumond de Andrade tem um poema que fala exclusivamente do ano novo, no seu final versa assim:

“Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.”

Desejo a todos nesse ano que entra: atitude, coragem, caridade e amor ao próximo. Rezo que Jesus vele pela paz e saúde de todos.

Um 2014 com Deus em seus pensamentos.

Feliz Ano Novo!


domingo, 29 de dezembro de 2013

LITURGIA DA SOLENIDADE DA SAGRADA FAMÍLIA - 29/12/2013

   
SAGRADA FAMÍLIA:
JESUS, MARIA, JOSÉ
Família, lugar privilegiado para o amor e o diálogo!
    
PRIMEIRA LEITURA (Eclo 3,3-7.14-17a)

Leitura do Livro do Eclesiástico:
3Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe.

4Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana.

5Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros.

6Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido.

7Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe.

14Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. 15Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os teus pecados 17ae, na justiça, será para tua edificação.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

RESPONSÓRIO (Sl 127)

— Felizes os que temem o Senhor/ e trilham seus caminhos!

— Feliz és tu, se temes o Senhor/ e trilhas seus caminhos!/ Do trabalho de tuas mãos hás de viver,/ serás feliz, tudo irá bem!

— A tua esposa é uma videira bem fecunda/ no coração da tua casa;/ os teus filhos são rebentos de oliveira/ ao redor de tua mesa.

— Será assim abençoado todo homem/ que teme o Senhor./ O Senhor te abençoe de Sião,/ cada dia de tua vida!

SEGUNDA LEITURA (Cl 3,12-21)

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:
Irmãos: 12Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também.

14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.

15Que a paz reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.

16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças.

17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.

18Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.

19Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas.

20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor.

21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

EVANGELHO (Mt 2,13-15.19-23)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.

14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.

15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.

19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.

21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

REFLETINDO A PALAVRA
“UMA FAMÍLIA SAGRADA”
Padre Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

JESUS E SUA FAMÍLIA
A família considerada modelo para a humanidade é problemática, não por ter problemas, mas por ser diferente do modelo que apresentamos como ideal. Houve uma gravidez pré-matrimonial, no caso, espiritual; um noivo que aceita esta gravidez, mas a partir da fé; uma vida conturbada, como vemos no recenseamento, na fuga para o Egito e na perda do Menino em Jerusalém. Foge bem da tradicional família. Por outro lado percebemos que nesta união diferente estão os elementos dados como fundamentais para a vida da família: A fé que sustenta nas diversas situações, as virtudes próprias e o cumprimento dos mandamentos como lemos na primeira leitura. O salmo lembra o temor de Deus a sustenta. Esta é a base de tudo o que pudemos considerar família. Vivemos num mundo onde mudam os paradigmas, mas não pode mudar o fundamental: A presença do Filho de Deus. Esta é a pedra fundamental da família cristã: a presença de Jesus no seu meio e com a mesma necessidade que Ele cresça. Ele vai dar a sabedoria e a graça. Assim também nossas famílias, como o Filho de Deus, crescerão formando Cristo em si, revestindo-se de suas virtudes. A família é o modo mais eficiente para mostrar quem é Deus, como funciona o amor e que vivemos para gerar comunhão. Ela é a célula base da Igreja, pois ela realiza o projeto evangélico de Jesus: amar e servir. Deus quis que Seu Filho vivesse e fosse formado em uma família, completando assim Sua Encarnação que num contexto mais amplo familiar e social. A Sagrada Família é profundamente humana.

UM MANDAMENTO COM PROMESSA
Como Deus é Pai, Filho e Espírito, é família. Por isso a Palavra de Deus nos deu o mandamento de honrar os pais. Ele é o primeiro da segunda tábua. Na primeira tábua, os três primeiros mandamentos se referem a Deus: amar, santificar e guardar o dia santificado. A segunda tábua inicia-se com o mandamento de “honrar pai e mãe”. Tem-se a impressão que os demais nascem dele porque se referem à vida em comunidade. Ele é tão grande que, é o único que tem uma promessa: “Quem honra seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvindo na oração cotidiana… terá vida longa… a caridade feita ao pai não será esquecida. Mas servirá para reparar os teus pecados e, na justiça será para tua santificação” (Eclo 3,4.6.15). Há muita gente que faz de tudo na Igreja, na sociedade. Mas os pais ficam abandonados, sem carinho, explorados, roubados e até jogados num asilo. Há pessoas que reclamam que Deus não as escuta. Não será por isso?

FRUTOS ESPIRITUAIS DA FAMÍLIA
A família é um dom a se construir. S. Paulo mostra como que uma síntese desta vida em família que se constrói com as pedras das virtudes. “Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos” (Cl 3,12). Já temos em nós a santidade porque somos amados por Deus. Por isso é preciso sempre se revestir da misericórdia, bondade, humildade, mansidão, suportando uns aos outros, perdoando (13), vivendo na paz, modelados pela Palavra. “Tudo o que fizerdes, em palavra ou obra, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo” (17). As virtudes básicas são a obediência, cuidado uns com os outros, solicitude, respeito aos filhos (18-21). Construindo com essas pedras fundamentais poderemos ter o edifício da família edificado sobre a pedra. É preciso estar aberto às mudanças do tempo. Mas só daremos uma contribuição se nos firmarmos nos valores fundamentais.

ORAÇÃO
                             
Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes, para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Amém!



sábado, 28 de dezembro de 2013

ANO NOVO - Artigo de James Magalhães de Medeiros


ANO NOVO

E
stamos a viver o décimo segundo mês do ano. Parece não ser verdade, mas temos que encarar, pois estamos em pleno dezembro. É o fim de um tempo que finda, para outro começar. É assim a nossa vida, no tempo dos homens: dia após dia, semana após semana, mês após mês, e por fim ano após ano. E tudo recomeça e assim será, até o fim da caminhada de cada um de nós. Como podemos observar, o tempo é algo precioso em nossas vidas, daí a máxima de que não podemos perder tempo, no tempo dos homens, o khronos, como chamavam os gregos na antiguidade.

É justamente em nosso viver diário, que quase somos estrangulados pelo encontro de três tempos que buscam habitar o nosso interior, o nosso coração, nas sábias palavras do Padre Fábio de Melo, no prefácio do Livro Kairós (Padre Marcelo Rossi): “O passado, com sua facilidade de nos imputar culpas, tornando nossa vida um eterno tribunal, cujo julgamento nunca poderá nos conceder uma sentença satisfatória. O presente, com suas pressões que nos cegam, com urgências que nos privam de saborear as escolhas. E o futuro, esse senhor misterioso tecido de névoas, esperanças e incertezas...” É, pois, nesse conflito constante e eterno, que vivemos no tempo de nossa passagem pelo mundo, até quando formos chamados de volta pelo Criador de tudo e de todos. Não podemos desanimar, temos que ter fé e esperança no objetivo sonhado e planejado. Para os que têm fé, o amor e a esperança são os analgésicos necessários para combater a dor da insegurança diante do conflito do passado, presente e futuro em nosso coração.

Não podemos esquecer de que para tudo existe o tempo certo, o tempo de acontecer, o momento oportuno, que os gregos denominavam de kairos, em português kairós, que também podemos afirmar: ser o tempo de Deus. Assim, se o kairós é tempo de Deus, não adianta pressa, nem quando irá acontecer, pois ele somente virá, quando for da vontade de Deus. Daí a importância do planejamento, da fé e da esperança. Com muita sabedoria Padre Marcelo Rossi cita, em sua obra referida, uma passagem em que Abraão falando com Ló, diz: “O entendimento de Deus não é o nosso entendimento. E o que acontecerá e como terminará não cabe a nós saber. Somente na promessa do que há de vir podemos prosperar.” Não devemos nos estressar, pois somos todos criaturas, filhas do Criador, somos a sua imagem e semelhança, logo não podemos duvidar do seu amor por nós e que nada nos faltará, quer na alegria quer na tristeza.
Em concluindo, temos que o ano novo é mais uma oportunidade que teremos, de viver uma vida mais planejada e realista, com uma fé bem mais fortalecida, na esperança de conquistar as metas desejadas, trabalhando com sabedoria o tempo cronológico, enquanto aguardamos o tempo de Deus, o nosso particular kairós. Agradeço ao meu Deus pelo momento iluminado que tive para escrever esta mensagem, desejando a todos um feliz ano novo. Tenhamos todos uma vida de muito amor e de muita paz no fluir de dois mil e catorze.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

JESUS, MARIA E JOSÉ, MINHA FAMÍLIA VOSSA É!

*Monsenhor Jonas Abib

J
esus, Maria e José precisam ser entronizados em nossa casa para que nós e nossa família sirvamos ao Senhor. Que Jesus, Maria e José sejam nossos donos, os senhores da nossa casa!

Nossa Senhora veio ao mundo com a missão exclusiva de ser mãe do Filho de Deus. O Pai quis que Seu Filho se fizesse homem e tivesse uma mãe biológica; Maria foi a escolhida. Desde o início, ela foi escolhida em vista do Filho. Sendo Sua mãe, ela também se pôs a Seu serviço. Ela também poderia dizer: "É preciso que Ele cresça e que eu diminua".

No alto da cruz, Jesus nos deu Maria como mãe. Mas, desde toda a eternidade, quando o Pai concebeu Seu plano, Ele já trazia no coração que a Virgem Maria seria mãe do Seu Filho e mãe de todos nós, para que Jesus fosse o primogênito de uma multidão de irmãos.

São José também foi escolhido por Deus para ser o pai adotivo de Jesus por obra do Espírito Santo. José investiu toda a sua vida em Maria e em Jesus, vivendo somente para os dois. Esse foi o seu ato de fé. Uma fé concreta, que atingiu a vida. Nós podemos imaginar todo o carinho que José tinha por Maria e que ela tinha por José. Ele abriu mão de ser pai biológico para investir toda a sua vida, unicamente, nela e em Jesus.

Certamente, ele esperava viver uma vida normal com Maria, ser esposo dela e ter filhos como todo judeu. Para os judeus, ter filhos era muito importante, mas José abriu mão de tudo isso. Ele aceitou não ser pai de ninguém para ser o esposo de Maria e o pai adotivo de Jesus. Que beleza ele viveu!

Olhando para São José, vemos como é linda a nossa vocação de homens. O Senhor confiou no homem e lhe entregou uma mulher, do mesmo modo que entregou Maria a José. Deus, que é Pai, deu ao homem a missão de ser pai, confiou-lhe filhos para criar. São filhos de Deus, mas foram entregues ao homem para serem cuidados.

Que os maridos amem suas esposas, entreguem-se por elas e, como o modelo de Maria e José, honrem o dom e a bênção que Deus lhes deu pelo sacramento do matrimônio.

Para que você e sua casa sirvam ao Senhor, é preciso que Jesus seja o Rei, o Senhor da sua casa.

Eu convido você para fazer a entronização da Sagrada Família em seu lar. Tome uma imagem ou um quadro, a fim de que Jesus, Maria e José permaneçam onde você mora. Que eles sejam os donos da sua casa e você possa dizer: "Jesus, Maria e José, minha família vossa é".

*Monsenhor Jonas Abib é fundador da Comunidade Canção Nova, membro do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica e da Diretoria Executiva da Fraternidade Católica Internacional - órgão ligado ao Pontifício Conselho para Leigos da Santa Sé, em Roma - e presidente da Fraternidade das Novas Comunidades de Vida e Aliança no Brasil.


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A IMPORTÂNCIA DA MISSA E DA EUCARISTIA

Ana Lúcia Vasconcelos
Jornalista

N
o seu livro "Eucaristia O Sacramento da Cura", o Pe. Roberto De Grandis, SSJ (Editora Raboni Caixa Postal 1700 - 1996 - Campinas - SP), já na 6ª. Edição, diz na introdução que sempre que encontra ex-católicos lhes pergunta o que pensam sobre a Eucaristia. E geralmente a resposta é mais ou menos esta: “Não sei”, ou “Não pensei sobre isso”“A Eucaristia é o centro da nossa fé. Você pode conceber alguém que diz: ‘Até logo, Jesus. Vou para aquela outra igreja onde a música é melhor, a pregação é mais poderosa e as pessoas são mais amáveis’? “O que se faz necessário na Igreja”, ele continua, “é proclamar o Evangelho e ressaltar o extraordinário dom da sagrada Eucaristia: o próprio Jesus. O ideal é que tivéssemos adoração perpétua em todas as paróquias, de modo que as pessoas pudessem crescer nesse relacionamento pessoal e profundo com Jesus.” Continua dizendo que nos seus retiros para sacerdotes costuma enfatizar a cura através da Eucaristia e pede que preguem muito sobre a “fonte e ápice de toda a vida cristã”. E aqui ele cita outro livro seu intitulado Healing Through the Mass (A cura pela missa-Mineola, NY Ressurection Press, 1992.)

E justamente lembra que neste livro ele quer focalizar nossa atenção para este maravilhoso sacramento e propor algumas considerações a respeito dos diversos passos para receber Nosso Senhor na sagrada comunhão. Espera que este trabalho desperte os leitores para o ritual mais importante de nossa vida: receber Jesus em nosso coração. E termina a introdução citando um livro The Way of Divine Love (O Caminho do amor divino) de Rockford, IL, Tan Books and Publishers, (1981), onde Jesus fala à irmã Josefa Menendez:

“Quero falar-lhes das dores lancinantes que encheram Meu coração na Última Ceia. Se para Mim foi motivo de alegria pensar em todos aqueles a quem Eu seria tanto Companheiro quanto Alimento celeste, em todos aqueles que estariam Comigo até o final dos tempos, em adoração, reparação e amor... isso de forma alguma diminuiu Minha tristeza por todos aqueles que Me deixariam abandonado em Meu Tabernáculo e que nem mesmo acreditariam em Minha presença real.” Em quantos corações corrompidos pelo pecado Eu precisaria entrar... e quantas vezes essa profanação de Meu Corpo e Sangue seria a causa de sua derradeira condenação... A sagrada Eucaristia é a criação do amor... Ainda assim, quão poucas almas correspondem a esse amor que por elas se esgota e se consome!
  
E sobre a importância da Missa vários santos deixaram seus testemunhos como Santo Agostinho: “Uma só missa a que houveres assistido em vida será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte. Será ratificada no Céu a benção que do Sacerdote recebes na Santa Missa”. Santa Mectildes declarou: “Todas as missas tem um valor infinito, pois são celebração pelo próprio JESUS CRISTO, com uma devoção e amor acima do entendimento dos Anjos e dos homens, constituindo o meio mais eficaz que nos deixou Nosso Senhor JESUS CRISTO para a salvação da humanidade”. São Francisco de Assis: “Sinto-me abrasado de amor até o mais íntimo do coração pelo santo e admirável Sacramento da Santa Missa e deslumbrado por essa clemência tão caridosa de Nosso SENHOR, a ponto de considerar grave falta, para quem, podendo assistir a uma Missa, não o faz”.

Fonte: Portal “SAL DA TERRA, LUZ DO MUNDO”




quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

NASCEU O NOSSO SALVADOR!

A
colhei o convite materno que vos faço. Rezai, meditai a minha palavra, guardai-a no coração, ficai despertos, vigiando e esperando. É a noite santa.

Passai-a comigo, filhos prediletos; vivei-a no profundo do meu Coração Imaculado.

Assim podeis penetrar o mistério da vossa salvação, que se revela aos pobres, aos pequenos, aos simples e aos puros de coração.

A minha alma é submersa numa Luz divina e a minha pessoa envolvida por profunda sensação de paz e de bem-aventurança enquanto o meu seio virginal se abre ao dom divino do Filho.

Ao nosso redor paira a noite profunda: as portas fechadas ao nosso pedido de hospedagem; os corações dos homens endurecidos pelo egoísmo e pelo ódio; as mentes, obcecadas pelo erro e pelo espesso gelo que cobre o mundo, são incapazes de amar!

Porém, na pobre Gruta, acende-se uma pequena luz num sinal de expectativa e de esperança; dois corações humanos pulsam de amor para preparar o berço que receberia o Menino, apenas nascido.

O meu castíssimo Esposo José procura tornar mais acolhedor aquele ambiente tão pobre, enquanto a Mãe do Céu está absorta em profunda e intensa oração com o Pai.

É neste momento que o Céu desposa a Terra, floresce o Rebento há séculos esperado, nasce o Deus-conosco, o Salvador toma posse da sua propriedade real, o Redentor começa a pagar o preço do nosso resgate.

Com o cântico dos Anjos desce a Paz do céu. A terra se abre para receber o orvalho da misericórdia divina, enquanto os corações simples dos Pastores se abrem às vozes que anunciam tão maravilhoso acontecimento:

"Hoje nasceu para vós um Salvador que é Cristo Senhor".

Fonte: SOS MARIA


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

NATAL É O ENCONTRO DE DEUS COM SEU POVO

O presente de Deus à humanidade é sinal da condescendência

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

O
 que fazer dos muitos presentes recebidos nos Natais passados e no Natal que se aproxima? Muita gente acumula coisas em casa e fica abarrotando quartos com brinquedos, armários com aquelas coisas que "um dia poderão servir". Há pessoas que logo encontram um destino adequado ao que é realmente útil ou, melhor ainda, sabem partilhar o que é supérfluo para elas. Entretanto, valem os gestos de amizade, a troca de atenções e a generosidade dos dias de fim de ano. Mas os presentes de Natal são apenas ponto de partida para outra conversa.

A humanidade recebeu um presente, o maior de todos, quando o Verbo de Deus se fez carne no ventre da Virgem Maria. Não se trata de um acontecimento de pouca importância, mas "do acontecimento" que mudou a história do mundo, diante do qual mudaram as datas e o coração das pessoas. E os cristãos, chamados a cuidar do grande legado da fé, têm a responsabilidade de anunciar a todos a grande notícia, que é alegria para todo o povo e para todas as gerações. "Natal é o encontro com Jesus. Deus sempre buscou Seu povo e o guiou, tomou conta dele e prometeu que estaria sempre perto. No Livro do Deuteronômio, lemos que Deus caminha conosco, guia-nos pela mão como um pai faz com seu filho. Isto é maravilhoso! O Natal é o encontro de Deus com Seu povo, e é também um mistério de consolação" (Papa Francisco, em recente entrevista ao jornal italiano "La Stampa").

O presente de Deus à humanidade é sinal da condescendência com cada pessoa e com todas as situações vividas. Lição de carinho pensado desde a eternidade no plano de Deus, com o qual fomos feitos por amor, no amor e para o amor. Um mundo que foi planejado para que as pessoas sejam felizes, e não para a perdição. A plenitude dos tempos, seu amadurecimento realizado, irrompeu quando a Virgem Maria deu à luz o Menino de Belém. Sua presença veio mostrar que a vida humana vale muito, tanto que tem o preço do amor infinito de Deus. Em tempos como o nosso, em que a vida é vilipendiada, desprezada e jogada no lixo das cidades e da história, o Menino do Presépio é testemunha de que a humanidade só encontrará sua estrada de realização e felicidade quando a sementinha de vida for acolhida com amor, tratada com carinho e custodiada da fecundação até seu ocaso natural. Não podemos nos iludir! As falcatruas legais com as quais a vida vem a ser destruída trarão suas consequências, pois o salário do pecado é a morte (Cf. Rm 6, 23).

A Sagrada Escritura está recheada de repreensões feitas pelo Senhor a um povo de cabeça dura. Os sucessivos profetas não hesitaram em lançar em rosto justamente ao povo que pertencia a Deus suas censuras. E o povo de nosso tempo, cuja herança da fé cristã foi dada em legado, o que fez dos valores do Evangelho? Não é segredo que, muitas vezes, o "mea culpa" do reconhecimento dos pecados foi feito por nós cristãos e haverá de ser sempre atual. Não basta nos enfeitarmos em trajes de festa e jogar para debaixo do tapete nossa incoerência. Somos nós os que primeiro devem tomar consciência de que os valores do Evangelho, como a verdade e a sinceridade, o amor à vida e a seriedade na administração dos bens materiais e espirituais foram desprezados e a esperteza ou os interesses passaram na frente.

A falta de lisura na prestação de contas, os desvios de verbas públicas e o "por fora" da corrupção são absolutamente incoerentes com o Cristianismo. Cuidar do presente recebido de Deus é ter a coragem de recomeçar, reconhecer erros cometidos, limpar as mãos e o coração. Este é um apelo urgente, em nome do Natal. A história mostra que o Cristianismo, malgrado as falhas de todos os que o professam, gerou cultura. É impensável separar a arte dos séculos passados da benéfica influência do Evangelho. Nasceram da Igreja expressões pictóricas e esculturais e peças musicais em profusão. Em muito, foi à sombra da Igreja que o teatro se desenvolveu e consolidou. Os monumentos históricos têm incrustados em seus traços as virtudes e os pecados de gerações de cristãos. E a educação ou a saúde e tantas ações sociais? A sensibilidade e a solidariedade foram cultivadas a partir do Evangelho e por ele sustentadas. Ignorar a Igreja, pretender jogá-la no lixo da história é, no mínimo, injustiça. Mas é ainda cegueira pura a pretensa iluminação dos que julgam ser os novos criadores do universo a partir do nada. Assistimos em nossos dias ao espetáculo do laicismo militante, tributário dos muitos desastres que já se entreveem. Parecemos crianças que teimam em por a mão na tomada. O choque já veio e virá!

Muito maior é a vertente positiva, com a qual podemos celebrar mais uma vez o Natal. Continuam verdadeiros os sentimentos mais autênticos nascidos do Presépio. É ainda e sempre será bom e bonito espalhar presentes, ir ao encontro dos mais pobres, experimentar a partilha dos bens, sorrir, saudar os outros com afeto. É nosso programa para estes dias, para recuperar todas as lições dos muitos natais da história e de nossa vida pessoal. É do Papa Francisco a lição do Natal de 2013, na citada entrevista: "Deus nos diz duas coisas. A primeira: tenham esperança. O Senhor sempre abre as portas e nunca as fecha. Ele é o Pai que nos abre as portas. Segunda: não tenham medo da ternura. Quando os cristãos se esquecem da esperança e da ternura, tornam a Igreja fria, sem saber para onde vai e se enrola em ideologias e atitudes mundanas, enquanto a simplicidade de Deus lhe diz: 'Vá para frente, eu sou um Pai que te acaricia'. Tenho medo quando os cristãos perdem a esperança e a capacidade de abraçar e acariciar". É tempo de preparar-se, despojando-nos de preconceitos, purificando o coração, jogando fora o que existe de mais velho em nós, o egoísmo, para revestir-nos dos mesmos sentimentos que foram os de Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido em Belém, morto e ressuscitado, presente na história, vivo para sempre. A Ele sejam dadas a honra e a glória, hoje e em todos os séculos, pela eternidade.

*Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

BOAS FESTAS!


NATAL DE AMOR, COMPAIXÃO E SOLIDARIEDADE!

Jorge Maciel
MFC MACEIÓ

O
 período natalino sempre nos traz à lembrança momentos marcantes da nossa vida. Sem dúvida é na nossa infância que ficam as marcas mais significativas desta fase da nossa vida, passagens essas que, todos os anos retornam ao pensamento, fazendo-nos reviver os momentos felizes, outros nem tanto, mas que continuam a povoar o nosso consciente e a influenciar o nosso estado de espírito no período natalino.

Hoje já comemoramos o natal, com as cascatas de luzes alegrando nossos corações e brilhando nos nossos olhos. Mas não são todos os olhos que brilham e, para milhões de pessoas não há nenhum motivo para festejar o natal, pois estão sem alimentação, sem moradia, sem trabalho, sem sequer um olhar carinhoso. É tempo de paixão e morte. Como que em um único retrato, em branco e preto.

No natal, Jesus nasce de novo. Mas, milhares de crianças que, como Ele, vieram ao mundo no outro natal, não estão comemorando, o primeiro aniversário. Porque não conseguiram sobreviver à pobreza, à fome, às agressões, enfim, tudo isto, bem próximo de nossos governantes, que insistem em não enxergarem essa situação de milhares de brasileiros.

Talvez essas coisas mágicas não aconteçam com todo mundo. Nem mesmo sei se acontecem com muitas ou com poucas pessoas. Mas acontecem com algumas, não que estas sejam melhores que ninguém. Apenas são mais perceptivas a algumas sutis mudanças que ocorrem no ar, no humor e no amor das pessoas.

O clima de natal é contagiante. Pelo menos na imaginação, o nosso desejo é o de abraçar o mundo. De repente, parece que o melhor presente é estar presente, é viver. Mas, se a vida é, para nós, o melhor presente, por que não a envolvemos nos nossos mais belos laços e não doamos um pouco dela para quem, dela, pouco, ou nada tem?

Mas ontem (22), o projeto PAPAI NOEL EXISTE que vem sendo realizado desde 2004, com amigos do casal empresário e mefecista, Vamberto e Marly (Grupo Amizade – MFC Maceió), vestidos de Papai Noel e Mamãe Noel, comemoraram neste ano de 2013, 10 anos – uma década de existência, atendendo aproximadamente mil crianças, com Papais e Mamães Noel indo aos povoados Tuquanduba, Saco, Manguinho, Suíça, Arruado dos Santos, Cebo e Fonte Azul, pertencentes ao município de Marechal Deodoro – Alagoas, distribuindo presentes e proporcionando brincadeiras, confeitos, musicas e muita alegria para às crianças carentes, fazendo a alegria daqueles que pouco ou nada têm.

É verdade que no período natalino, as pessoas sorriem mais, tornam-se mais tolerantes, mais pacientes. Algumas ficam mais otimistas. Outras ficam criativas para acompanhar o otimismo daquelas, ainda que não tenham boas razões para serem otimistas. Mas é preciso que esse número aumente para que mais crianças possam sentir a alegria de imaginar ter sido atendida por Papai Noel, como as atendidas pelo projeto Papai Noel Existe.

Quem sabe o próximo natal seja diferente. Porque este está sendo igual aos anteriores. Pelo menos para milhares de brasileiros, irmãos ao alcance do nosso abraço natalino, mas que não comparecem a nossa mesa, que não brindam conosco. Portanto o próximo natal há de ser melhor para estes. Para isto, hoje e todos os próximos dias, têm que ser natal. Há que se ter trabalho e salário. Há que se ter escolas, hospitais e creches, enfim, há que se ter vontade e decisão política.

Portanto vamos sonhar que a paz e a felicidade poderemos conseguir, simplesmente usando mais o amor, a compaixão e a solidariedade.


*Jorge Maciel é casado com Penha Maciel, atuais vice-coordenadores da Equipe de Coordenação de Cidade do Movimento Familiar Cristão de Maceió (Gestão 2013/2016).