sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

INHAPI TERÁ CINEMA GRATUITO DO CINE SESI CULTURAL NESTE FIM DE SEMANA

Crédito da foto: Hélder Ferrer
O projeto Cine Sesi Cultural está completando uma década e percorrerá 16 municípios do interior alagoano, levando longas e curtas-metragens em exibições abertas para a população até março de 2014

O
 Cine Sesi Cultural está completando dez anos de estrada levando a sétima arte para cidades do interior do Brasil que não possuem salas de cinema ou cujas salas encontram-se desativadas. Em Alagoas, o projeto chega a sua oitava edição, que neste final de semana, de 31 de janeiro a 2 de fevereiro, contempla o município sertanejo de Inhapi com sessões gratuitas na Praça da Matriz. Até março, 16 municípios alagoanos serão contemplados pelo projeto.Na programação, serão projetados três curtas nacionais e três longas-metragens, sendo dois brasileiros e uma produção internacional com cópia cedida especialmente para o projeto pela Disney (Enrolados), com exibições começando sempre às 18h30. O Cine Sesi Cultural é realizado pelo SESI e idealizado pela diretora de criação Lina Rosa Vieira.

Esta oitava edição do Cine Sesi Cultural iniciou em novembro de 2013. E já esteve em Satuba, Porto de Pedras, Santa Luzia do Norte, Japaratinga, Jacuípe, Maribondo, Campestre, Carneiros, Girau do Ponciano e Novo Lino. As próximas cidades que receberão o projeto são Jaramataia, Paulo Jacinto, Estrela de Alagoas, Coité do Nóia e Chã Preta. O Cine Sesi é uma espécie de “cinema de guerrilha”, sendo um projeto vanguardista na iniciativa de levar projeções cinematográficas a lugares que não possuem salas de cinema em funcionamento. Algumas cidades por onde o projeto passou tiveram suas salas de cinema reativadas, como o município alagoano de Quebrangulo, terra natal de Graciliano Ramos e das cidades de Pirapora (MG), Salgueiro (PE), Triunfo (PE) e Garanhuns (PE). Entre 2002, quando foi criado, até hoje, o projeto já passou por 603 cidades do interior – algumas dessas cidades mais de uma vez - de 11 estados do País, atingindo um público de mais de quatro milhões de pessoas.

Os filmes são exibidos ao ar livre em área cedida ao Sesi, em acordo com a prefeitura local. Como cinema combina com pipoca, serão distribuídos sacos de pipoca para o público. “Ao proporcionar a experiência cinematográfica dentro da comunidade, o Cine Sesi comprova que há espaço para a inserção de equipamentos que tornem as exibições periódicas. O projeto tem como intenção ainda proporcionar ao interior do País, que tanto inspira as produções de cinema nacional, a possibilidade de se enxergar na grande tela, num belo espelho de culturas, cenários, histórias e personagens semelhantes ao povo do lugar; além de abrir a possibilidade para uma viagem inusitada diante de outras experiências e lugares”, reflete Lina Rosa.

Em cada um dos três dias de exibição serão apresentados um curta e um longa-metragem. Em Inhapi, na sexta-feira, o público confere o curta-metragem Vida Maria (CE), e o longa O Bem Amado (RJ); no sábado, o curta Águas de Romaza (CE) e o longa Colegas (SP) e no domingo, um curta da Oficina de Animação do Cine Sesi, o curta Leonel Pé de Vento (RS) e o longa Enrolados (EUA).

QUALIDADE TÉCNICA – Os filmes são exibidos em projetor de 35mm. O som possui três vias de dois mil watts e projetor Hi-Light Xenon de dois mil watts, além de cinemascope, o que permite boa visualização e audição a uma distância de até 25 metros. Tudo isso garante o elevado padrão de qualidade técnica e de conteúdo das projeções.
CRITÉRIOS DA CURADORIA - A escolha dos longas é pautada pelas seguintes exigências: filmes com bom padrão de qualidade técnica e de conteúdo, tendo a sexta-feira como espaço para a comédia, o sábado voltado para a reflexão e o domingo para o encontro da família; além de filmes que ainda não foram exibidos em canais de TV abertos; filmes que fazem parte da produção de cinema nacional prioritariamente ou que valorizem profissionais brasileiros e filmes que caibam na indicação de todas as idades (levando em consideração o fato de as exibições serem ao ar livre).

SERVIÇO

Oitava Edição Cine Sesi Cultural em Alagoas
Onde: Inhapi, na Praça da Matriz
Quando: dias 31 de janeiro, 01 e 02 de fevereiro
Horário: a partir das 18h30
Entrada gratuita

PROGRAMAÇÃO

SEXTA-FEIRA (a partir das 18h30) – Curta-metragem Vida Maria (CE). Longa-metragem O Bem Amado (RJ).

SÁBADO (a partir das 18h30) – Curta-metragem Águas de Romaza (CE). Longa-metragem Colegas (SP).

DOMINGO (a partir das 18h30)  Curta-metragem da Oficina de Animação do Cine Sesi.  Curta-metragem Leonel Pé de Vento (RS). Longa-metragem Enrolados (EUA).


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

ACABAR, NUNCA! - Artigo de James Magalhães de Medeiros

ACABAR, NUNCA!
James Magalhães de Medeiros
Membro do MFC Maceió e Desembargador TJ/AL.


D
e quando em quando somos sacudidos com notícias e informações que dizem respeito a extinção da mais antiga justiça brasileira: a Justiça Militar. Os registros históricos informam que a sua instituição aconteceu por Alvará do então Príncipe Regente D. João VI, nos idos de 1808, portanto há mais de duzentos anos. Desde a Carta de 1934 integra a estrutura do Poder Judiciário brasileiro, além de preencher os princípios projetados pelas Nações Unidas para as jurisdições militares do mundo. Os julgamentos na Justiça Militar observam o devido processo legal, conforme prescrito no art. 5º, inciso LIV, da Constituição Federal.

Não podemos deixar de ressaltar a importância da Justiça Militar na estrutura do Poder Judiciário e a sua relevância no Estado Democrático de Direito, considerando que a sua atuação prende-se aos crimes militares praticados pelos integrantes das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares, forças auxiliares e reservas do Exército, que têm como alicerce a hierarquia e a disciplina, nos termos da CF, arts. 142 e 42. Portanto as vigas mestras das organizações militares são a hierarquia e a disciplina das quais decorrem normas, preceitos e regulamentos diferenciados dos atribuídos ao cidadão comum, civil. Igualmente quanto aos crimes militares, que possuem suas especificidades, tudo desaguando na legislação castrense. Daí ser a Justiça Militar uma justiça especializada e eficiente no seu fim.

O que me despertou a escrever sobre o assunto foi a entrevista da Ministra do STM Maria Elizabeth Rocha, publicada pelo Consultor Jurídico, sob o título: “Importância da Justiça Militar não se apura em números”, escrita por Alessandro Cristo e Hylda Cavalcanti, em decorrência da criação de uma comissão, pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça, para estudar a necessidade ou não da Justiça Militar. Tal procedimento lastreou-se em números levantados pelo CNJ, dando conta de que foram julgados poucos processos, com um custo de manutenção muito alto. Na entrevista, afirma a Ministra que “A proposta é temerária, para dizer o mínimo. A importância da jurisdição não se mede com base em estatísticas. Aliás, causa estranheza esse posicionamento, já que tanto o constituinte derivado quanto o próprio Supremo Tribunal Federal, em sede de controle concentrado, têm buscado mecanismos para restringir o número de processos e tornar a Justiça mais célere, eficiente e enxuta. O instituto da repercussão geral, a súmula vinculante e a inserção da razoável duração do processo como direito fundamental do indivíduo são exemplos veementes do esforço legislativo e judicial”.

A nível de estado membro a proporção é a mesma, visto que as polícias militares como forças auxiliares e reservas do Exército, estão submetidas à hierarquia e à disciplina rígida, na luta contra os bandidos e transgressores, para manutenção da ordem e da paz públicas, evitando que se transformem em bandos armados. O mesmo acontece com os bombeiros militares, dentro de suas finalidades institucionais. Assim sendo, transcrevo citação do desembargador Muiños Piñeiro: “a Justiça Militar tem que ter um tratamento diferenciado.” E encerrando, afirmo: acabar, nunca.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O CANÇASO E A VIDA COTIDIANA

Diego Ibañez Langlois

C
hega-se cansado em casa. O cansaço é legítimo. O mau humor, não. Convém lembrar que o homem cansado é propenso ao mau gênio, já que tem as defesas baixas e os nervos destemperados.

O cansado tende ao hermetismo. Não é comunicativo.

É preciso dar ao cansado um tempo para decantar as fadigas e preocupações de um dia de trabalho. Deve-se permitir ao guerreiro deixar suas armas, desmontar e recompor-se.

Procura desfazer-se o quanto antes de sua mercadoria. Interrompe quando não deve, tem mais pressa quanto mais deve esperar. É a hora heróica dos pais.

O carinho dos filhos vale mais que o esgotamento.

Ao chegar em casa, nenhum pai pode abrir a porta e dizer: "Missão cumprida".

Se ele acha que a casa é o lugar das compensações egoístas, um pai de família se perdeu. A recompensa verdadeira é a de ver-se rodeado por afeto.

O carinho dos filhos não é um carinho abstrato, teórico. É tangível. Percebe-se. Toca-se.

Os olhos das crianças estão dizendo: "Seja meu pai. Tu és forte, mais forte que o cansaço".

Isolar-se dos filhos ao chegar em casa é dizer-lhes: "Vocês não me interessam".

Um pai sempre cansado ou que pede que o tratem como um homem cansado, é um pai enfermo. A casa não é uma clínica de repouso, onde se cuida religiosamente do silêncio para não atrapalhar os pacientes.

O lugar onde descansa o papai não é "zona de hospital", como tampouco a sala de estar deve ter o cartaz de "crianças jogando".

Quando os filhos são pequenos são como brinquedos do pai. Quando se está de bom humor, lhes dá corda. Quando o jogo cansa ou aborrece, lhes guarda ou lhes arquiva. Em muitos casos, a televisão serve, lamentavelmente, de arquivo.

Se os filhos são considerados um incômodo porque perturbam o descanso do pai, exige-se à mãe que os faça evaporar para que não criem problemas.

O guerreiro considera que já teve suficientes aborrecimentos em seu trabalho, ofício ou negócio.

CULTIVAR A VIDA FAMILIAR

A vida familiar deve ser cultivada, sob o risco de que se torne um campo abandonado.

Incrementa-se com a conversação, com as celebrações, com ritos familiares, com tradições, com uma linguagem que tem pontos de referência comuns.

Sem vida de família, passa-se do trabalho ao trabalho como por um túnel. Agradeçamos que a jornada se interrompa para estar com os que se ama.

O cansaço de uma jornada dura se recupera na vida em família. A graça do filho pequeno faz mudar a vista cansada. Em casa não nos aceitam por nossa eficácia nem por nosso rendimento: nos acolhem com carinho. E a vida em família é mais amável quando é enfrentada com amabilidade, quando não impacienta a avidez de um filho por contar suas coisas, a do outro que assalta com pedidos, a de um terceiro... O lar não é um monastério onde se ouve o silêncio. As crianças não são objetos imóveis que fazem parte da decoração. A casa não é casa de repouso para doentes dos nervos. O carinho torna amáveis até as interrupções.

(Tirado de Cristo Hoje)

Fonte: ACI Digital


domingo, 26 de janeiro de 2014

LITURGIA DO 3º DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A) - 26/01/2014

                

3º DOMINGO DO TEMPO COMUM


PRIMEIRA LEITURA (Is 8,23b - 9,3)

Leitura do Livro do profeta Isaías:
23bNo tempo passado o Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galileia das nações.

9,1O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.

2Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3Pois o jugo que oprimia o povo, — a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais — tu os abateste como na jornada de Madiã.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

RESPONSÓRIO (Sl 26)

— O Senhor é minha luz e salvação./ O Senhor é a proteção da minha vida.

— O Senhor é minha luz e salvação;/ de quem eu terei medo?/ O Senhor é a proteção da minha vida;/ perante quem eu tremerei?

— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,/ e é só isto que eu desejo:/ habitar no santuário do Senhor/ por toda a minha vida;/ saborear a suavidade do Senhor/ e contemplá-lo no seu templo.

— Sei que a bondade do Senhor hei de ver/ na terra dos viventes./ Espera no Senhor e tem coragem,/ espera no Senhor!

SEGUNDA LEITURA (1Cor 1,10-13.17)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
10Irmãos, eu vos exorto, pelo nome do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e concordes no pensar e no falar.

11Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós.

12Digo isso, porque cada um de vós afirma: “Eu sou de Paulo”; ou: “Eu sou de Apolo”; ou: “Eu sou de Cefas”; ou: “Eu sou de Cristo”!

13Será que Cristo está dividido? Acaso Paulo é que foi crucificado por amor de vós? Ou é no nome de Paulo que fostes batizados?

17De fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar a boa nova da salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de Cristo da sua força própria.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

EVANGELHO (Mt 4,12-23)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

12Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia.

13Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, 14no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15”Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! 16O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. 17Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.

18Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram.

21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. 23Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

REFLEXÃO
“ANÚNCIO DA ALEGRIA”
Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

DISCÍPULOS E COMPANHEIROS
Jesus inicia o anúncio do Reino na Galiléia. Dizer Galiléia era dizer região das trevas. Ali havia uma população misturada de pagãos e de judeus. Justamente ali surge Jesus, a Luz que dá a esperança. Durante este período começa a reunir os discípulos convocando-os diretamente. Ao chamar os discípulos Jesus tem o esquema: passou, viu e chamou. O discípulo tem duas escolas: a da palavra que ouvem e da vida que compartilham com o Mestre. Está intimamente ligado à pregação do Mestre Jesus: “Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo” (Mt 4,17). Não é só um anúncio de palavras, mas um modo de vida. O chamado é de Deus, pois o Reino lhe pertence. Jesus ensina que devemos pedir operários para a colheita (Mt 9,38). Jesus, em nome do Pai, chama os colaboradores para se agregarem à missão do anúncio do Reino. A resposta humana deve ser dada com totalidade e prontidão.  Acompanham Jesus em sua missão: “Ele andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade” (Mt 4,23). A convivência com Jesus é o primeiro aprendizado. O modo de anunciar de Jesus era itinerante. Jesus não criava comunidades, criava em volta de si a comunidade que iria continuar Sua missão. A primeira leitura fala da alegria que caracteriza o anúncio: “Fizestes crescer a alegria, e aumentastes a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita” (Is 9,2). O anúncio é de libertação de um jugo opressor das forças do mal (3). A palavra evangelho significa anúncio alegre.

JESUS CONTINUA CHAMANDO
A Igreja deve estar em permanente estado de missão. Sentimos que o importante é a estrutura e as leis que a regem. O que justifica sua existência não é dinamizado: a missão continua com as características que lhe dava Jesus: anúncio de conversão para que se instaure o Reino que transforma todas as realidades. A vocação do discípulo é a mesma realizada por Jesus que era de iluminar e trazer vida pela conversão pessoal e transformação da situação do povo oprimido, como diz Isaias (9,3). Não existe na Igreja discípulo que se estacione e monte seu reino à sua imagem e semelhança. A pregação tem a finalidade de iluminar os caminhos como rezamos no salmo 26: “O Senhor é minha Luz e Salvação”. Proclamar o Evangelho é a primeira caridade que podemos fazer, pois nasce do Espírito que conduzia Jesus. Como Jesus superou a tentação e por isso pode iniciar sua missão, assim cada discípulo deve converter-se para que seu anúncio seja credível. Não desprezar as populações de má fama, pois foi nesse mundo que Jesus iniciou. O Reino não foi feito para os perfeitos, mas para que os perfeitos o levem ao mundo das trevas e do sofrimento. O mundo do abandono é o reino do seguidor de Jesus.

MANTER A UNIDADE
A união é realizada em Cristo. É necessário apresentar uma mensagem pura do Evangelho. Todos, com seus carismas e jeito de ser, compartilham na mesma missão sem divisões, como nos diz Paulo. Num mundo de tanta divisão, a unidade dos cristãos é um elemento fundamental para o anúncio do Evangelho. Papa Francisco prega urgência no testemunho. As divisões prejudicam o corpo da Igreja, pois Cristo não está retalhado. Podemos ser diferentes, mas unidos. A Eucaristia sempre une na caridade para o alegre anúncio que é o Evangelho.

ORAÇÃO
                             
Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras.  Amém!

Editado por JorgeMacielNews



HOJE, 225ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

CINCO PASSOS PARA VIVER OS VALORES NA FAMÍLIA

F
alar de valores é uma coisa, mas vivê-los é outra história. É realmente tão difícil? A reposta é não. Requer certo esforço, concentração e perseverança, mas não é tão difícil.

Com alguns passos simples você poderá conseguir que sua vida, suas ações e a sociedade tenham como coluna vertebral os valores.

Passo 1: Conhecer sua importância. Parece simples? Mas não é. O primeiro passo para viver os valores é ter consciência do quanto eles são importantes. Uma sociedade fundamentada em indivíduos com valores é a chave para uma convivência mais sadia. As leis civis não são o bastante. Nelas está estabelecido apenas o elementar para assegurar uma convivência medianamente decente, porém, não é suficiente apenas "cumprir a lei". Os valores vão muito mais além do que cumprir o regulamento de trânsito, vão à raiz das coisas. Por exemplo, o regulamento diz que não é permitido atravessar a rua quando o sinal está vermelho (bastante elementar para não se matar), no entanto, não diz que em um congestionamento de tráfego o fato de ceder a passagem a uma pessoa é algo amável, que faz com que todos estejamos mais contentes e pode, até mesmo, nos poupar um contratempo. O mesmo ocorre em outros âmbitos da vida. A lei estabelece uma pena por homicídio, mas não nos diz que tratar o próximo com atenção e educação nos ajuda a conviver ainda melhor. Para viver os valores, primeiramente, deve-se estar consciente de que estes são vitais, e são o que pode mudar verdadeiramente uma pessoa, uma família ou uma nação.

Passo 2: Analisar meu conjunto de Valores. Uma vez que se tenha aceitado a importância de viver os valores, deve-se analisar claramente quais valores são a base da sua vida.

Neste momento, poderíamos estabelecer duas classes: os que você já possui e os que deseja construir. Para saber quais são os valores, em Valores para ser melhor há informação sobre cada um deles, e continuamente estamos pesquisando e publicando mais materiais, assim, o melhor que tem a fazer é dar uma olhada em todas as seções de Valores. Por outro lado, também deve fazer um esforço e meditar lentamente em quais são os princípios, normas e comportamentos fundamentais para ser melhor, para viver melhor. Quais te ensinaram em casa? Quais têm aprendido com a vida? Quais sabe que existem, mas não os vive muito? Quais gostariam de ter? Tem a necessidade de pesquisar mais sobre eles? A ideia aqui, é que você se sente em um lugar tranquilo, e em uma folha de papel: Escreva a data e faça três colunas iguais. No lado esquerdo, na primeira coluna, faça uma lista com os valores mais importantes para você, sem importar-se com a ordem e se os vive atualmente ou não, simplesmente escreva os princípios considerados fundamentais para você. Quando terminar, na coluna do meio, faça uma lista com os valores adquiridos desde criança em casa, os adquiridos com a vida, e os adquiridos ultimamente, mas que não tem vivido. Ao terminar, vá para a coluna da direita, desenhe um triângulo e escreva em cada vértice "Minhas fortalezas", "Minhas fraquezas", "O que quero ser". Faça três listras, e escreva os valores que já existem em você, que lhe definem como uma pessoa especial, e que você vive continuamente. Em "Minhas fraquezas" escreva os defeitos que você conhece e te impedem de viver melhor os valores. Por último, escreva os valores que desejaria viver em "O que quero ser". É muito importante que você guarde esta folha, pois ela é a base de teu trabalho e dos próximos passos deste guia.
Passo 3: O "Plano-mestre". Agora que já conhece teus valores, tuas fraquezas e o que deseja ser, torna-se necessário o uso de uma agenda. Qualquer uma será útil (de escritório, de bolso, eletrônica - um Palm Top será ideal para isto). Em outra folha, estabeleça três bases de tempo: anual, mensal e diária. Na anual, escreva o que espera alcançar em um ano. Os valores concretos que deseja alcançar (inclua os que você já vive e os que deseja viver). Divida esta lista em uma base de tempo mensal, fixando um mês para cada atividade. Na diária, faça uma lista com o título "O que vivo e devo reforçar" e outra "O que me falta". Em tua agenda, estabeleça uma meta concreta diária (pequena, mas significativa) de valores que irá reforçar e que quer viver. Uma meta concreta diária pode ser "Falar com João por telefone", para fortalecer o valor da amizade (talvez tenha meses que não liga para alguma pessoa), ou pode estabelecer "Ajudar alguém pobre", para fortalecer ou criar a generosidade. Faça para o primeiro mês (ou seja, o mês em que você está). A cada mês deve revisar o teu "plano-mestre", estabelecer os valores de acordo com sua atividade diária e fazer uma reflexão sobre os resultados. Se, por algum motivo, não tenha ido bem em um determinado mês, não se preocupe, coloque-o novamente em teu plano diário e analise porque não pôde cumpri-lo. Reflita sobre as razões que te impediram (falta de tempo, falta de constância, esquecimento, etc.) e estabeleça meios para que isto não ocorra de novo. Aqui, o importante é que esteja avançando, mesmo que a passos curtos.

Passo 4: O exame diário. Se deseja viver realmente os valores, durante uma parte do dia (pode ser à tarde ou à noite - se for à noite, certifique-se de não estar muito cansado) reserve 10 minutos para refletir. Deve pensar em como foi o dia, se está cumprindo tua meta (ou metas) diária, o que te falta para fazer e o que já fez. Este exame é vital, se não o fizer todo o sistema para viver os valores irá se perdendo até que se esquecerá dele. O exame te permite duas coisas: analisar de maneira realista e rápida que resultados tem obtido, e te dá propósitos concretos para fazer algo e viver teus valores.

Passo 5: Manutenção. A cada mês, revise teus valores, revise o que aprendeu, pense como tem ido em teus exames diários. Melhorou? Piorou? Houve um grande avanço? O fundamental neste sistema é a constância. Se fizer o teu "plano-mestre" e estabelecer tuas prioridades mas não as viver, não fizer o exame e não seguir teus propósitos concretos, então em quinze dias terá esquecido de tudo. Se realmente quiser viver os valores deve cumprir os propósitos. Este guia está feito de tal maneira que lhe permite analisar e elaborar metas de maneira ordenada, e pequenas ações para alcançá-las. É melhor fazer uma pequena ação todos os dias do que grandes ações raramente. Teu guia é pessoal, no entanto, não duvide em compartilhar com outros amigos, e especialmente, que alguém de confiança te ajude a estabelecer os valores que seriam melhores para você, porque às vezes perdemos a perspectiva de nós mesmos ou temos defeitos que simplesmente não vemos.

Fonte: ACI Digital


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A PAZ COMEÇA NO LAR

E
mbora nenhum de seus filhos "pinte" para delinquente, é necessário ter presente que a violência pouco a pouco entra nos lares. Por exemplo, você sabia que 25 por cento das garotas nos Estados Unidos são agredidas por seus namorados e o que é pior, a maioria delas acredita que isto é normal?

Ao escutar notícias lamentáveis como estas e pensar que em tudo o que acontece no mundo, não se pode deixar de perguntar... Quem pode ser capaz de semelhante barbaridade... em que coração humano cabe tanta frialdade... quem pode ser capaz de tanta violência?

Desafortunadamente, esta é uma realidade que é vivida em todos os lugares, que afeta a todos, e de muitas maneiras. É verdade que a violência sempre existiu, mas o mais perigoso agora, é que começa a ser tolerada, a ser aceita como inevitável: sem ir muito longe, seria inusual encontrar um filme onde as balas, o sexo deliberado e a crua violência não fizessem sua aparição; ou algum semanário ou jornal onde não seja uma notícia policial a que estampa a primeira página.

Entretanto, o homem não é feito para a guerra, é feito para a paz.

E isto pode ser assegurado porque a história nos demonstra que o homem que vive na violência se auto-destrói. O difícil e complicado do tema é que a paz não se dá instantaneamente nem por mandato, não se obtém sem esforço, nem se compra ou pede emprestada: a paz tem que nascer do coração de cada homem.

E se não há paz no coração, como pode haver paz em um povo, em uma nação, no mundo?

VIVER EM PAZ

É por isso, que manter a paz é uma obrigação primária para todos, mas em especial dos pais, pois é no lar onde se aprende a viver e construir a paz; é ali onde os pais têm a enorme responsabilidade de ensinar aos filhos a maneira de comportar-se, de tratar aos demais e de resolver os problemas.

É incrível como até em uma pequena sociedade como a família, onde existe carinho entre seus membros, pode perder-se a paz. Não há dúvida de que a paz é algo muito frágil pela qual deve-se trabalhar pacientemente todos os dias para conquistá-la.

Mas antes de alcançar isto, tem-se primeiramente que ter claro como se vive a paz.

Ao contrário do que muitos acreditam, a paz não é a ausência da guerra, nem é somente o respeito aos outros.

Quão fácil seria e também quão perigoso se os pais só tivessem que respeitar aos filhos para poder ter um lar cheio de paz!: "Ah, sim, meu filho quiser ter seu quarto todo bagunçado, devo respeitá-lo".

A PAZ SE VIVE:

· Ao ter um verdadeiro sentido de justiça.

· Quando não só se reconhecem os próprios direitos, mas também os dos demais.

Se é reconhecida a dignidade de seus filhos como pessoas. Muitas vezes ao vê-los pequenos, alguns pais se aproveitam deles e cometem verdadeiros abusos de autoridade.

· Ao ensinar aos filhos a distinguir entre o bem e o mal, ao formar neles uma consciência reta, à vez que se trabalha pela paz.

Quando os filhos são pequenos, os pais são como uma "consciência externa" deles (como o Grilo Falante em "Pinóquio"), daí a importância de seus atos e julgamentos.

Exaltar o valor da vida humana, sua dignidade e seu direito. Tanto a vida deles mesmos como a dos que o rodeiam tem um imenso valor, desgraçadamente com tanta violência (nos meios de comunicação, no meio ambiente), as crianças não apreciam este valor.

PASSOS PARA ALCANÇAR A PAZ (NA VIRTUDE)

Vontade. Muitas vezes embora as crianças conheçam o bem e o mal, falta-lhes força de vontade, não aprenderam o hábito do esforço, são crianças "boas", mas talvez estas crianças não aprenderam a dominar-se, nem a pensar nos demais, nem a sacrificar-se, sentem que o mundo gira ao redor deles, muitas destas crianças se tornam "tiranas".

Exigência. Os filhos devem ser exigidos, claro que dentro de suas possibilidades, ensiná-los a enfrentar os problemas e a esforçar-se para resolvê-los, que saibam sentir-se orgulhosos de terem sido capazes de realizar as coisas por si mesmos.

Valentia. Que tenham heróis que inspirem sua vida, mas que sejam heróis de grandes ideais, porque atualmente são apresentadas às crianças a violência como forma de heroísmo, necessitam dos pais para que lhes ensinem o que é nobre e grande.

Respeito. Cuidar para que as crianças não adquiram o costume de tomar as coisas dos outros, por mais insignificante que seja o roubo; e se quebra algo alheio, deve ser reposto, ensinar-lhes que as coisas alheias sempre devem ser respeitadas.

Generosidade. É algo que por si é difícil nas crianças, é nesta idade quando tendem a ser mais egoístas, por isso é importante que eles vejam um bom exemplo: como seus pais ajudam ao necessitado ou ao que tem algum problema (dentro das próprias possibilidades).

Para despertar nas crianças o sentido de generosidade, pode-se acostumá-los desde pequenos a renunciar algo seu e compartilhá-lo com alguma outra criança.

Cortesia. Gastón Courtois disse que a cortesia "é filha do respeito ao próximo e irmã da caridade". Aquele que é cortês sabe que não é o centro do mundo, é uma pessoa que pensa nos demais e em seus sentimentos.

O domínio de si mesmo é um elemento que vai de mãos dadas coma cortesia. Uma criança sente raiva porque algo saiu mal ou porque um irmão quebrou-lhe alguma coisa e não é ensinado a se controlar, quando grande lhe será muito difícil, se não impossível manter o controle de seus atos e muito menos respeito pelos demais.

Ordem. É um elemento essencial para que haja harmonia e equilíbrio em um lar. Quando há ordem em uma casa, há normas e limites, isto proporciona segurança aos filhos e lhes ensina a ter disciplina.

Caridade. Não se pode deixar de mencionar este valor essencial para que haja paz, pois é um elemento que determinará a qualidade da pessoa e sua capacidade para relacionar-se com os demais.

Buscar o bem pessoal e o dos demais é justamente o que traz como conseqüência a paz.

A paz é o resultado de muitas atitudes, todas estas fundamentadas precisamente na caridade, não entendida como esmola, mas como amor.

Gastón Courtois também escreveu: "Quando a caridade domina, a humanidade se engrandece. Quando o egoísmo reina, a humanidade se rebaixa".

Que responsabilidade têm os pais de ensinar esta virtude aos filhos! Em suas mãos está o que haja sociedades justas e pacíficas.

Fonte: ACI Digital