segunda-feira, 28 de abril de 2014

DA IMPORTÂNCIA DE DIZER EU TE AMO

Valente
Terapeuta – Curitiba/PR

C
omo é importante dizermos essas três palavrinhas. O significado tem o poder de transformar coisas ruins em coisas maravilhosas. Quando um filho enlaça com seus braços e diz ao pai ou à mãe: eu te amo, transcorre um feixe de luzes em volta dos dois, construindo e fortalecendo os liames que os une, de forma a consolidar aqueles laços de afetividade, de amor, de querer bem. Como é bonito viver esses momentos!

Estou acostumado a ouvir pacientes que sofrem demasiadamente e relatam a sua dor por um ente querido não manifestar seu apreço, seu carinho, sua estima, seja sua esposa, marido, filho, filha, nora, neta e por aí vai.

Engraçado o ser humano. As coisas evoluem, as descobertas do homem moderno com sua tecnologia de ponta, os laboratórios com suas pesquisas nos apresentando remédios fantásticos, a tecnologia com a velocidade da informação onde em tempos recentes nem havíamos condições de imaginar. E o ser humano, ainda hoje, fazendo uso de suas queixas habituais. Um pai, uma mãe, defronte um terapeuta, falando de forma triste, sentida, que trocaria muitas e muitas coisas que lhe são caras, gratas e importantes, por um gesto de carinho de um ente querido. Meu Deus! Com toda a evolução acima citada, e o que ainda está por vir nos próximos anos, o ser humano pouco sabe de si próprio. E, quando sabe, pouco sabe lidar consigo mesmo. Não é verdade?

Quantos e quantos se vêm nesta situação, de ter o que querem, porém, o que gostariam mesmo de ter, pouco ou nada têm. O carinho, o afeto, o reconhecimento e a gratidão poucos realmente vivenciam. Uns privilegiados, com certeza.

Mas, gente! Vamos ser honestos e sinceros. Pouco se faz para que isso aconteça. Aí vem a pergunta, por quê? Porque somos duros, turrões, envergonhados, sem jeito, preconceituosos... de darmos um abraço cheio, gostoso, aquele abraço integral, maravilhoso, que nos transporta a sensações de esplendor de amor. Amor por todos os lados e poros. Beijar a quem amamos, às vezes, é algo intransponível aos nossos preceitos, preconceitos, formação, vergonha... por isso sofremos. E, diante do terapeuta, envergonhados de não sabermos e/ou não conseguirmos fazer, contamos nosso sofrimento interior por não ouvirmos essas três palavrinhas eu te amo!

Não é fácil!! Porém, nada intransponível. Uma paciente, com extremo retardo físico, olha sempre para seus pais – adotivos – e os abraça, feliz, muito feliz, irradiando amor para todos os lados, e emite seus sons de alegria, carinho, candura e querer bem. Ela assim se manifesta quando quer expressar seu sentimento de amor e reconhecimento. Que felicidade nessa família, apesar da provação muito forte!

A experiência do amor fraternal nos faz mais dóceis, mais pacientes, calmos, tranquilos. Faz-nos estar de bem conosco mesmo e dilata e expande nossos valores morais, como a capacidade de amar, a capacidade de perdoar, inclusive a nós mesmos, a capacidade de tolerar, de sublimar e por aí vai.

Vamos exercitar essas três palavrinhas iniciando para conosco mesmo. Quem não consegue se amar integralmente, precisa rever o que não se perdoou ainda. Busque, analise e reflita, para então, se perdoar de suas faltas, das coisas que deixou de fazer, do que fez de forma errada... e bola pra frente, pois nunca é tarde para dizer verdadeiramente aos seus pares, entes queridos, as três palavrinhas: EU TE AMO!


domingo, 27 de abril de 2014

LITURGIA DO 2º DOMINGO DA PÁSCOA - 27/04/2014


2º DOMINGO DA PÁSCOA
“DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA”



PRIMEIRA LEITURA (At 2,42-47)

Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Os que se haviam convertido 42eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações.

43E todos estavam cheios de temor por causa dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realizavam. 44Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum; 45vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um.

46Diariamente, todos frequentavam o Templo, partiam o pão pelas casas e, unidos, tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração. 47Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava ao seu número mais pessoas que seriam salvas.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

RESPONSÓRIO (Sl 117)

— Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom;/ eterna é a sua misericórdia!

— A casa de Israel agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”/ A casa de Aarão agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”/ Os que temem o Senhor agora o digam:/ “Eterna é a sua misericórdia!”

— Empurram-me, tentando derrubar-me,/ mas veio o Senhor em meu socorro./ O Senhor é minha força e o meu canto,/ e tornou-se para mim o Salvador./ “Clamores de alegria e de vitória/ ressoem pelas tendas dos fiéis”.

— “A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular.”/ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:/ que maravilhas ele fez a nossos olhos!/ Este é o dia que o Senhor fez para nós,/ alegremo-nos e nele exultemos!

SEGUNDA LEITURA (1Pd 1,3-9)

Leitura da Primeira Carta de São Pedro:
3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, 4para uma herança incorruptível, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus.

5Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. 6Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações.

7Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira — mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo — e alcançará louvor, honra e glória no dia da manifestação de Jesus Cristo.

8Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

EVANGELHO (Jo 20,19-31)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.

20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.

21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.

24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.

26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.

27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”

30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

REFLETINDO A PALAVRA
“MEU SENHOR E MEU DEUS”
Padre Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

A PAZ ESTEJA CONVOSCO
O centro da liturgia de hoje é a profissão de fé de Tomé: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28). No apóstolo descrente encontramos todo homem que tem dificuldades de acolher a proposta de Jesus. Ele aparece aos discípulos no primeiro dia da semana, que simboliza o primeiro dia da nova criação. Jesus se faz presente como o Homem Novo ressuscitado. E diz: A paz esteja convosco. É uma saudação habitual. Nesse momento, contudo, adquire um sentido novo: É a sua paz, como disse na Ceia (Jo 14,27), a salvação total, o repouso em Deus. Soprando sobre os discípulos faz o homem novo como fizera Deus ao primeiro homem, Adão. Soprando em suas narinas, dá-lhe o hálito de vida (Gn 2,7). Agora é o hálito Divino que faz os discípulos novas criaturas. Jesus doa o Espírito Santo para a remissão total. Ele nos redimiu e o Espírito Santo atua em nós a redenção, como rezava a antiga liturgia romana: “O Espírito é nossa Redenção”. Esta remissão traz a paz. Não é um perdão dado no escurinho a pecados ocultos, em voz baixa, numa atitude intimista que tira a responsabilidade que o cristão tem pela paz e redenção de todos. É mais cômodo. Deus veio para curar os males que estão vivos e destruindo e seus filhos queridos, males inclusive que mataram seu Filho querido. Tomé não aceitou o testemunho dos companheiros apóstolos. Ele quer um Jesus físico que pode ser tocado como uma prova humana. Jesus se mostra e pede a aceitação pela fé. Jesus dá a Tomé a demonstração que nós somos felizes por crermos sem ter visto (Jo 20,29). Dizemos com ele: “Meu Senhor e meu Deus!”. Está é a fé completa, dom do Espírito Santo. A ela todos são chamados.

COMUNIDADE, NINHO DA FÉ.
O ato de fé constrói a Igreja, pois une “num só coração e numa só alma” (At 4,32) os que creem. A nova criação se concretiza na vida da comunidade com as dimensões de fé, fraternidade, Palavra de Deus e Eucaristia. É Espírito Santo que a anima gerando o Shalom de Deus, o tempo novo no qual todas as coisas são renovadas (Ap 21,5). Modo de viver a fé na comunidade é o primeiro evangelho escrito com fé e amor da comunidade. Ela é o primeiro testemunho que impressionava o povo. Ser um só coração e uma só alma chegava ao concreto colocando os bens em comum (sonho dourado que não se vê realizar). O testemunho da comunidade era uma pregação constante: “Vede como se amam!” diziam os pagãos. Os requisitos para uma comunidade ser apostólica é a frequência ao ensinamento do Evangelho. Os apóstolos o faziam diretamente. Não havia ainda o texto. O segundo elemento é a Eucaristia, chamada de Fração do Pão, elemento fundamental do domingo. Os cristãos da Bitínia diziam: não podemos viver sem o domingo. Por este gesto reconhecemos o Cristo e aprendemos a viver na fraternidade como as refeições em comum. Era uma comunidade de oração. O contato com Deus em Cristo é fundamental.

FRUTOS DA FÉ
São Pedro bendiz a Deus Pai por sua misericórdia que, “pela Ressurreição de Jesus nos fez renascer para uma esperança viva, para uma herança incorruptível reservada a nós nos céus”. Pela fé temos a vida eterna. O sofrimento que Pedro já sofria e via os cristãos sofrerem pela perseguição não destruía sua fé. Pedro elogia nossa fé: “Sem ter visto O Senhor vós O amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será uma fonte de alegria, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação” (1Pd 1,8-9). Não vemos o Ressuscitado, mas O amamos. Celebramos o Tempo Pascal bebendo desta fonte.

ORAÇÃO
                             
Ó Deus de eterna misericórdia, que reascendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o Espirito que nos deu nova vida, e o sangue que nos redimiu. Amém!




HOJE, 238ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN


segunda-feira, 21 de abril de 2014

CURIOSIDADES SOBRE A PÁSCOA

A
 Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É a data mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.

Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica.

É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.

No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.

A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade!

O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Conselho de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária - conhecida como a "lua eclesiástica").

A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e, portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas. Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a sequência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".

De fato, a sequência exata de datas da Páscoa repete-se aproximadamente em 5.700.000 anos no nosso calendário Gregoriano.

OS SÍMBOLOS DA PÁSCOA

As luzes, velas e fogueiras são uma marca das celebrações pascais. Em certos países, os católicos apagam todas as luzes de suas igrejas na Sexta-feira da Paixão.

Na véspera da Páscoa, fazem um novo fogo para acender o principal círio pascal e o utilizam para reacender todas as velas da igreja. Então acendem suas próprias velas no grande círio pascal e as levam para casa a fim de utilizá-las em ocasiões especiais. O círio é a grande vela acesa na Aleluia, simbolizando a luz dos povos, em Cristo.

Alfa e Ômega nela gravadas querem dizer:
"Deus é o princípio e o fim de tudo"

Em muitas partes da Europa Central e Setentrional, é costume acender-se fogueiras no cume dos montes. As pessoas reúnem-se em torno delas e cantam hinos pascais.

AINDA TEMOS COMO SÍMBOLOS:

PEIXE
Peixe é um dos símbolos mais antigos dos primeiros cristãos, ao se referirem a Jesus Ressuscitado. Na época das primeiras perseguições, a palavra peixe, escrita em grego, passou a ser lida como: Jesus Cristo Filho de Deus Salvador: ICTYS: Jesus Christus Teós Yiós Soter. Assim, nas casas, nas roupas, nas conversas e nos túmulos, a figura e a palavra peixe passaram a ocupar um lugar de destaque. Na multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus se torna presente (Mt 14,17).

A relação com a Páscoa se acha no fato de as aparições de Jesus, após a Ressurreição, estarem sempre ligadas à presença do peixe (Jo 21,9) e (Lc 24,42-43).

SINOS, VESTES BRANCAS E O ALELUIA
Os sinos festivos, que repicam na noite da Ressurreição, recordam o momento da subida de Jesus Cristo aos Céus.

Nas cidades pequenas, todos os sinos da Igreja repicam de maneira solene e alegre no canto do Aleluia. Soltam-se rojões e o ar se enche de festa e alegria.

As vestes brancas e paramentos, que se usam na noite ga vigília Pascal, recordam a alegria dos primeiros batizados, que se revestiam de vestes brancas, simbolizando a vitória sobre a morte.

As Igrejas se adornam com toalhas de linho e flores brancas. Essa cor foi adotada pelos primeiros cristãos como símbolo da alegria, da vitória e da pureza de Deus (Mt 17,2) e (Mc 16,5).

Cântico do Aleluia é um dos símbolos mais expressivos das aclamações de louvor e de alegria. É uma expressão hebraica: HALLELUI-YAH que significa: Louvai o Senhor (Ap 19,1).

GIRASSOL
Girassol é um dos símbolos pascais menos conhecidos em algumas regiões. É porém muito rico em conteúdo.

Assim para sobreviver a planta precisa ter sua corola voltada para o sol, do nascente ao poente, também os cristãos precisão estar voltados para o Sol-Cristo. Cristo é a luz, a força, a energia. O cristão sem uma ligação com Jesus não encontra significado para sua vida.

OS RAMOS
Podemos dizer que a semana da Páscoa começa com o Domingo de Ramos.

A festa dos ramos relembra o dia em que Jesus entrou festivamente em Jerusalém, pouco antes de sua morte.

Jesus nascera em Belém, na Judéia, mas passara a maior parte de sua vida na Galiléia, em Nazaré, Cafarnaum e outras cidades, fazendo sua pregação sobre o Reino de Deus e divulgando sua doutrina de amor. Poucos dias antes de ser preso, julgado e condenado à morte, Jesus dirigiu-se a Jerusalém com seus discípulos, justamente para comemorar a Páscoa (a Páscoa judaica). Pois foi nesse dia que o povo o aclamou nas ruas, agitando no ar ramos de palmeira e oliveira, e gritando "Hosana (que quer dizer “Salve!") ao Filho de Davi".

Chamamos de entrada triunfal de Jesus em Jerusalém para cumprir seu mistério pascal, a realidade era de maioria camponês, eis a razão dos ramos. Levantar os ramos e aclamar com alegria é a maneira do povo expressar o reconhecimento régio e messiânico de Jesus.

LAVA-PÉS
Durante a Semana Santa, a Quinta-feira é um dia muito importante, no qual se realiza uma celebração bastante significativa. Nesse dia, relembra-se a última ceia de Cristo com seus discípulos, ocasião em que Jesus instituiu a Eucaristia, isto é, o pão e o vinho passaram a simbolizar seu corpo e seu sangue.

Mas foi também durante a última ceia que Cristo lavou os pés de seus discípulos. Pondo uma toalha na cintura, Jesus despejou água numa bacia, começou a lavar os pés de cada um dos apóstolos e enxugou-os com a toalha.

Jesus fez isso para dar uma lição de humildade, simplicidade, igualdade, solidariedade, amor e serviço aos irmãos, que nada mais é do que a grande lição pascal.

O lava-pés é, pois, um símbolo, um exemplo. " Dei-lhes o exemplo para que, como eu fiz, assim façam também vocês.

CÍRIO PASCAL
Círio é uma vela grande e grossa, que se acende todos os anos pela primeira vez, no Sábado da Vigília pascal.

O círio pascal representa a luz de Cristo, pois que o próprio Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo!” No círio há duas letras gregas – o alfa e o ômega -, respectivamente a primeira e a última letra do alfabeto grego. O alfa representa o princípio e o ômega, o fim, uma vez que Jesus falou: "Eu sou o princípio e o fim".

Na grande vela há ainda a indicação dos quatro algarismos do ano que está em curso, simbolizando a presença viva de Jesus junto a todos os povos do mundo, com união de fé e de esperança.

A CRUZ
A cruz, instrumento de suplício no qual Jesus morreu, passou a ser um símbolo do cristianismo e também símbolo da Páscoa. Antes símbolo de condenação, depois tornou-se símbolo de salvação.

A cruz, na Páscoa, relembra que Jesus venceu a morte e, glorioso, passou a viver seu Reino de justiça e de paz.

A cruz não foi um tipo de condenação especial para Jesus. Naquele tempo, a morte na cruz era um castigo comum entre os romanos, que dominavam também a Palestina. Jesus foi crucificado entre os dois ladrões, com a diferença que estes foram amarrados às suas cruzes e Jesus foi pregado.

Morrer na cruz era algo humilhante para os condenados, pois, além de ficarem com os corpos expostos publicamente, apenas os mais hediondos crimes eram punidos com tal pena.

Jesus, ao morrer na cruz, deu à humanidade mais uma lição de humildade: sendo Filho de Deus, que tudo pode, ele morreu da forma mais vergonhosa que havia em seu tempo.

Costumamos fazer o sinal da cruz, porque acreditamos que é o sinal que nos salva.

O CORDEIRO
Simboliza Cristo, sacrificado em favor do seu rebanho.

A CRUZ
Mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Cristo. No Conselho de Nicea em 325 d.C, Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Então não somente um símbolo da Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica.

O PÃO E O VINHO
Simbolizando a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos.

OVO DE PÁSCOA
Os ovos de Páscoa são famosos no mundo inteiro. Os mais comuns são os ovos de chocolate, recheados com balas, confeitos e bombons.

MAS QUAL SERIA O SIGNIFICADO DO OVO DE PÁSCOA?
O ovo também simboliza o nascimento, a vida que retorna. O costume de presentear as pessoas na época da Páscoa com ovos ornamentados e coloridos começou na antigüidade. Eram verdadeiras obras de arte!

O ovo é um símbolo de vida nova, de vida que está para nascer; é um símbolo de começo. Daí sua associação à Páscoa: a Ressurreição de Jesus também indica o princípio de uma nova vida, a redenção da própria humanidade e a promessa de um futuro cheio de alegria e felicidade para os que têm fé e esperança.

Dentro do ovo gera uma vida, a vida é o Dom mais precioso de Deus. Ressuscitando para uma vida nova, Jesus revela a preciosidade que é a vida.

Os egípcios e persas costumavam tingir ovos com as cores primaveris e os davam a seus amigos. Os persas acreditavam que a Terra saíra de um ovo gigante.

Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos na Páscoa. Em alguns países europeus, os ovos são coloridos para representar a alegria da ressurreição. Na Grã-Bretanha, costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos dados aos amigos. Na Alemanha, os ovos eram dados às crianças junto de outros presentes na Páscoa. Na Armênia decoravam ovos ocos com retratos de Cristo, da Virgem Maria e de outras imagens religiosas.

No século XIX, ovos de confeito decorados com uma janela em uma ponta e pequenas cenas dentro eram presentes populares.

Mas os ovos ainda não eram comestíveis. Pelo menos como a gente conhece hoje, com todo aquele chocolate. Atualmente, as crianças encontram ovos de chocolate ou "ninhos" cheios de doces nas mesas na manhã de Páscoa.

No Brasil, as crianças montam seus próprios "cestinhos de Páscoa", enchem-no de palha ou papel, esperando o coelhinho deixar os ovinhos durante a madrugada.

Nos Estados Unidos e outros países as crianças saem na manhã de Páscoa pela casa ou pelo quintal em busca dos ovinhos escondidos. Em alguns lugares os ovos são escondidos em lugares públicos e as crianças da comunidade são convidadas a encontrá-los, celebrando uma festa comunitária.

COELHINHO DA PÁSCOA
Tradicional e popularmente costuma-se dizer que é o coelhinho quem traz os ovos da Páscoa.

Por isso, todos os anos, as crianças vão dormir na véspera do Domingo de Páscoa pensando nos lugares em que poderão procurar seus ovos.

Coelho é um dos primeiros animais que saem das tocas ao chegar a primavera, após um longo inverno de recolhimento.

Ora, no hemisfério norte, a Páscoa ocorre nos primeiros dias da primavera (para nós que habitamos no hemisfério sul, a Páscoa é no outono) e os coelhos logo se põem a correr pelos campos verdes, repletos de flores, dando, portanto, a ideia de renovação da vida, que parecia estar morta durante o inverno.

O que mais interessa religiosamente, é que os coelhos são animais que reproduzem com extrema facilidade e em grande quantidade. Vem daí a identificação com uma vida abundante, um processo de restauração, um ciclo que se renova todos os anos.

E é isto exatamente que se relembra na Páscoa: a Ressurreição de Jesus, que traz consigo um novo tempo de paz e de esperança a toda a humanidade.

COMO SURGIU A TRADIÇÃO DO COELHO?
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.

Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?

No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antiguidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.

Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas!

COMO SURGIU O CHOCOLATE
Quem sabe o que é "Theobroma"? Pois este é o nome dado pelos gregos ao "alimento dos deuses", o chocolate. "Theobroma cacao" é o nome científico deste alimento delicioso chamado chocolate. Quem o batizou assim foi o botânico sueco Linneu, em 1753.

Mas foi com os Maias e os Astecas que essa história toda começou. O chocolate era considerado sagrado por essas duas civilizações, tal qual o ouro. Na Europa chegou por volta do século XVI, tornando rapidamente popular aquela mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. Vale lembrar que o chocolate foi consumido, em grande parte de sua história, apenas como uma bebida.

Em meados do século XVI, acreditava-se que, além de possuir poderes afrodisíacos, o chocolate dava poder e vigor aos que o bebiam. Por isso, era reservado apenas aos governantes e soldados.

Além de afrodisíaco, o chocolate já foi considerado um pecado, remédio, ora sagrado, ora alimento profano. Os astecas chegaram a usá-lo como moeda, tal o valor que o alimento possuía.

Chega o século XX, e os bombons e os ovos de Páscoa são criados, como mais uma forma de estabelecer de vez o consumo do chocolate no mundo inteiro. É tradicionalmente um presente recheado de significados. E não é só gostoso, como altamente nutritivo, um rico complemento e repositor de energia. Não é aconselhável, porém, consumi-lo isoladamente. Mas é um rico complemento e repositor de energia.

Feliz Páscoa!
Que a luz de Jesus Ressuscitado
ilumine sua vida!