sexta-feira, 31 de julho de 2015

O ENFRAQUECIMENTO DA AUTORIDADE DOS PAIS


COMO EXPLICAR A DESSACRALIZAÇÃO DA AUTORIDADE?

É
 muito interessante revisarmos juntos um pouco da história dos últimos séculos, e assim entendermos melhor como foi que a autoridade foi perdendo terreno na sociedade e na família. Percebendo o que aconteceu, talvez possamos compreender que muito do que havia na família do passado era autoritarismo, e que a luta contra ele em nada justifica a ausência de autoridade nos dias de hoje.

Na cultura tradicional vigorava a autoridade forte na relação do Estado com os súditos e no ambiente da família. Esta autoridade provinha de valores, costumes, normas. A perda de autoridade dos governantes, incapazes de proteção e da manutenção da paz, modificou esta situação, que sofreu um colapso. Diante da dessacralização da autoridade política, a família entrou em crise...

Roudinesco, em a A família em desordem (2003), analisa a família em três fases evolutivas: a primeira, dita tradicional, era regida pelo poder do pai. O pai recebia o poder do rei, que, por sua vez, o recebia diretamente de Deus, conforme acreditavam; a segunda, fase moderna, é regida por uma lógica romântica, onde o casal se escolhe sem a interferência de seus pais, procurando uma satisfação amorosa, dividindo o poder e o direito sobre os filhos entre os pais e o Estado e/ou entre pais e mães. Finalmente, a terceira fase, família contemporânea ou pós-moderna, onde a transmissão da autoridade vai ficando cada vez mais complexa em função das rupturas e recomposições que a família vai sofrendo.

A família tradicional, submetida ao poder paterno, manteve-se por séculos e veio a abalar-se com a Revolução Francesa, que, ao propor um mundo laico, atingiu a até então inatacável figura de Deus Pai e seus sucedâneos, os reis. Estes são dessacralizados e destituídos, enfraquecendo consequentemente os pais, que eram seu equivalente no seio dos lares. Esse modelo familiar desmoronou definitivamente no final do Século XIX.

RESGATANDO A AUTORIDADE NA FAMÍLIA

A autoridade de um pai, ou de uma mãe, se fundamenta num conjunto de valores por eles vividos, como por exemplo, falar a verdade, tratar o próximo com justiça, evitar excesso de bebidas, controlarem a agressividade, dialogar, respeitar os direitos dos outros, não roubar, viver em paz com todos, etc. São esses valores e princípios que dão legitimidade às relações de mando e obediência. Sem eles os pais não têm “autoridade” para pedir a um filho que cumpra suas ordens.

A autoridade pertence ao reino da qualidade: mantém-se, perde-se e recupera-se pelo modo de comportar-se. Para recuperar a autoridade, comece-se por melhorar, e muito, o comportamento e as relações dos próprios pais.

A autoridade, que em nada se parece com autoritarismo, é uma arma nas mãos de pais e educadores. Tanto a sobredose como sua insuficiência constituem traumatismos afetivos cujos efeitos recaem sobre a personalidade da criança. Se somos totalmente contrários ao excesso de rigor, à disciplina pétrea, às regras descabidas, também recriminamos a frouxidão, a folga, a ausência de limites e a firmeza em exigir seu cumprimento. Na verdade, a demissão do exercício da paternidade está na raiz do problema. É preciso por o dedo na chaga e identificar a relação que existe entre o medo de punir e os efeitos anti-sociais.

O que os pais jamais poderão esquecer é que o afeto e a autoridade não são antagônicos, pelo contrário, são as muletas sobre as quais se apoia a personalidade vacilante do filho, da filha.

Já mencionamos que os valores humanos aparecem como critérios definitivos do sistema de ordem que deve corresponder à disciplina educativa. A restrição e a limitação são necessárias para a consecução da ordem e a direção na vida. Uma das primeiras coisas que o ser humano aprende é que não pode tudo: muitas vezes na vida ficará frustrado e deprimido.


quinta-feira, 30 de julho de 2015

Rainey Marinho participa do Food&Friends da Comedoria Gourmet

Rainey Marinho e suas divinas obras culinárias
O
 mefecista, cartorário, presidente da Associação dos Notários e Registradores de Alagoas (Anoreg Alagoas) e imortal da Academia Maceioense de Letras, Rainey Marinho, participará do Food&Friends, um novo e interessante projeto ligado à gastronomia que acontecerá na Comedoria Gourmet. O evento consiste em fazer dos homes chefs proprietários e chefs de cozinha em um restaurante por apenas uma noite.
  
Rainey Marinho será o primeiro a inaugurar o projeto, nesta quinta-feira, 30 de julho, com uma boa música (Jazz) e uma exposição de fotos do mefecista, arquiteto e fotografo Daniel Lima, que na ocasião leiloará uma de suas peças com o valor arrecadado revertido para a Creche Imaculado Coração de Maria, entidade filantrópica estabelecida no bairro do Vergel do Lago, que atende crianças carentes da região.

Rainey preparará dois tipos de Paellas que serão degustadas ao som de um Jazz fantástico, num ambiente aconchegante e comandado por Luiz Guzman. Rainey Marinho não receberá nenhum beneficio financeiro, sua parte será revertido para a Creche Imaculado Coração de Maria.

Desde cedo, apaixonado pela literatura e pela culinária, Rainey Marinho escreveu para O Jornal, com uma coluna sobre gastronomia. No periódico, ele falava sobre o prazer de degustar um bom prato. Desses escritos surgiu seu primeiro livro, Conversas ao Redor da Mesa, editado pela Editora Catavento.

Tudo na vida depende de como nos sentimos quando estamos trabalhando. Tem gente que infelizmente não se diverte, no trabalho, em casa, na rua ou na fazenda. Outros, como nós, morrem de rir até no calor de uma cozinha. O que esperar do que fazemos? Vai ficar muito bom, você não pode faltar dia 30 de julho, na Comedoria Gourmet! Disse Rainey Marinho

Mais informações sobre o evento, inclusive para reserva de mesas:
COMEDORIA GOURMET
Telefone: (82) 3313-0697
Av. Álvaro Calheiros, 110, Jatiúca.


terça-feira, 28 de julho de 2015

Conselho de Cidade do MFC Maceió se reúne nesta quarta (29)

N
esta quarta-feira, 29 de julho de 2015, a partir das 19h30min, no auditório do MFC (Rua Araújo Bivar, 580, Pajuçara), a Equipe Cidade e o Conselho de Cidade, formado por coordenadores, tesoureiros e auxiliares de Grupo de Base do Movimento Familiar Cristão de Maceió estarão reunidos para mais uma reunião do MFC MACEIÓ na atual Gestão, com a finalidade de organizar e avaliar as ações e atividades mefecistas no âmbito de Maceió, para que possa existir sucesso nas metas planejadas.

A presença dos Coordenadores, tesoureiros e auxiliares de Grupos de Grupo de Base na reunião do Conselho de Cidade é fundamental para que o Grupo tenha voz e voto nas decisões do MFC MACEIÓ.

A coordenação da reunião será do casal Péricles e Ula, Coordenadores de Cidade do Movimento Familiar Cristão de Maceió.


segunda-feira, 27 de julho de 2015

Ciúme: Sinal de alerta nos relacionamentos

Um sentimento que envolve o medo de perder o amor da pessoa amada.

Elaine Ribeiro
Psicóloga Clínica e Organizacional

Q
uem nunca ouviu dizer que o ciúme é o tempero do amor? E você? O que acha disso? Temos assistido muitos casos nos quais esse sentimento (ciúme) é o fósforo aceso na pólvora, ou seja, provoca reações inesperadas e de total descontrole. Pensando assim, você ainda acha que senti-lo é normal?

Fatores culturais fazem com que acreditemos que o ciúme é uma prova de amor e que pequenos sacrifícios, como deixar de ir a determinados lugares ou trocar de roupa para que a pessoa amada não se chateie, são bem-vindos e são aquele tempero no amor. A grande questão é que os tais pequenos sacrifícios e este tempero transformam-se em aprisionamentos na medida em que o tempo passa. Estar com o outro passa, então, a não ter tanto sentido, perde a graça, e, certamente, mexe com as estruturas de qualquer relacionamento.

Do ponto de vista psicológico é um sentimento que envolve o medo de perder o amor da pessoa amada e está diretamente relacionado à falta de confiança no outro e, sobretudo, em si próprio. Quando ele se torna exagerado, consideramos que se transforma numa doença, chegando a pensamentos obsessivos. A complexidade do ciúme é grande, pois envolve pensamentos, emoções, comportamentos e reações físicas.

Pessoas ciumentas comportam-se a ponto de certificar frequentemente se são queridas, se as pessoas podem dar provas de amor ou mesmo pedindo provas para que este amor seja certificado, tais como: proibir o amado de visitar um determinado lugar, usar esta ou aquela roupa, prometer que fará ou não fará uma coisa, dentre tantas outras.

Muitas vezes, coloca-se nesses pedidos, que são coisas externas, o significado do amor, que de um sentimento interior, passa a ser construído com provas externas. Ciumentos fazem interpretações distorcidas e, geralmente, fazem isso não apenas com seu par amoroso, mas também nas relações de amizade, trabalho, família, cobrando atenção e isso vale até mesmo para o uso de objetos pessoais por outras pessoas.

Vale lembrar que, quando excessivo, ele se torna um problema de saúde psicológico, pois a pessoa começa a ter sentimentos paranoicos, delírios de perseguição e temor imaginário de que a pessoa está sendo vítima do mundo, com muitas fantasias, imprecisão e dúvidas ligadas a ideais supervalorizados ou delirantes são percebidas de fato como reais.

Muitas vezes, a pessoa passa a ter compulsão em dirimir suas dúvidas e, com isso, passa a invadir a privacidade do outro, abrindo correspondências, mexendo nos bolsos, no celular, nas redes sociais, fazendo um perfil falso para tentar cavar provas de infidelidade e tantas outras atitudes extremistas. Parecem atitudes bobas e até mesmo são reconhecidas pelo parceiro, mas não servem em nada para aliviar o ciúme, e sim, aumentam a sensação de desconforto.

Se você passa por esta situação, é importante que converse bastante sobre o assunto com seu par, procurando, juntos, as alternativas que permitam que o verdadeiro amor, baseado na confiança e na cumplicidade, possa crescer entre vocês, deixando também que Deus aja na insegurança, nos reflexos de dificuldades afetivas do passado, bem como buscar ajuda especializada quando perceber que a situação tomou uma proporção maior do que aquela que vocês podem administrar sozinhos.

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domingo, 26 de julho de 2015

Hoje celebramos São Joaquim e Sant’Ana: Dia dos Avós



H
oje, celebramos os pais da Santíssima Virgem Maria, os avós de Jesus: São Joaquim e Sant’Ana. Na casa deles, veio ao mundo Maria, trazendo consigo aquele mistério extraordinário da Imaculada Conceição; na casa deles, cresceu acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e a seguir a sua vontade.

São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu a fé e o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé!

Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa: hoje, na festa de São Joaquim e Sant’Ana, no Brasil como em outros países, se celebra a festa dos avós.

Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família.

O Documento de Aparecida nos recorda: Crianças e anciãos constroem o futuro dos povos; as crianças porque levarão por adiante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas (Documento de Aparecida, 447). Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado!

Saudamos os avós com muito carinho e lhes agradecemos pelo testemunho de sabedoria que nos oferecem continuamente.

Nas nossas suplicas a Deus, devemos pedir por nossos avós, para que continuem sendo testemunho de sabedoria e amor, e os avós que já partiram para o Reino Celeste, que Deus os acolha com a Luz Eterna que nunca se apaga.

Rezemos um Pai Nosso e uma Avé-Maria por todos os avós, vivos e falecidos.


Liturgia do 17º Domingo do Tempo Comum - 26/07/2015



17º DOMINGO DO
TEMPO COMUM


PRIMEIRA LEITURA (2Rs 4,42-44)

Leitura do Segundo Livro dos Reis:
Naqueles dias, 42veio também um homem de Baal-Salisa, trazendo em seu alforje para Eliseu, o homem de Deus, pães dos primeiros frutos da terra: eram vinte pães de cevada e trigo novo. E Eliseu disse: Dá ao povo para que coma.

43Mas o seu servo respondeu: Como vou distribuir tão pouco para cem pessoas? Eliseu disse outra vez: Dá ao povo para que coma; pois assim diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará.

44O homem distribuiu e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

RESPONSÓRIO (Sl 144)

— Saciai os vossos filhos, ó Senhor!

— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,/ e os vossos santos com louvores vos bendigam!/ Narrem a glória e o esplendor do vosso reino/ e saibam proclamar vosso poder!

— Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam/ e vós lhes dais no tempo certo o alimento;/ vós abris a vossa mão prodigamente/ e saciais todo ser vivo com fartura.

— É justo o Senhor em seus caminhos,/ é santo em toda obra que ele faz./ Ele está perto da pessoa que o invoca,/ de todo aquele que o invoca lealmente.

SEGUNDA LEITURA (Ef 4,1-6)

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:
Irmãos: 1Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes; 2com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor.

3Aplicai-vos a guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados.

5Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

EVANGELHO (Jo 6,1-15)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades.

2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos.

4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.

5Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?

6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.

7Filipe respondeu: Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um.

8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isto para tanta gente?

10Jesus disse: Fazei sentar as pessoas. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.

11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.

12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!

13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo.

15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!

HOMILIA
Dom Sérgio da Rocha
Arcebispo de Brasília

Neste e nos dois próximos domingos, interrompemos a leitura do Evangelho segundo Marcos, por ser o mais curto, para ler e meditar o capítulo sexto do Evangelho segundo João. Nele, Jesus se apresenta como o Pão da Vida, que multiplica o pão, saciando a fome da multidão.

O tema do pão partilhado já se encontra na primeira leitura. O profeta Eliseu partilha com o povo os pães que lhe foram oferecidos, ao invés de guardá-los para si. Ao realizar esse gesto de generosidade e partilha, Eliseu mostra que Deus quer saciar a fome do seu povo. É uma prefiguração do sinal realizado por Jesus.

O apóstolo Felipe, assim como ocorreu com o servo do profeta Eliseu, não acreditava ser possível saciar a fome do povo, considerando o pouco que tinham. Deus abençoa e multiplica o pão partilhado! Deus conta, hoje, com o pouco que podemos oferecer para multiplicar o pão, assim como Jesus contou com a colaboração das pessoas para realizar tantos outros milagres, sinais da chegada do Reino.

O relato joanino da multiplicação dos pães realça a significativa figura de um menino que oferece os pães e os peixes. Era muito pouco perante a multidão que ali estava. A condição física e social de uma criança, marcada pela fragilidade e pequenez, torna ainda mais significativa a oferta dos cinco pães e dois peixes, que somados equivalem a sete, número da totalidade ou plenitude, no contexto bíblico. Portanto, não se oferece apenas o que sobra ou que tem pouco valor, mas o que se tem e que se considera importante. Acrescente-se a isso, o gesto de Jesus de dar graças pelos pães e os peixes, expressando que os bens partilhados são dons de Deus.

Infelizmente, há muita indiferença perante o drama da miséria e da fome, conforme tem ressaltado o Papa Francisco. É preciso dispor-se a partilhar generosamente o pouco que se tem, reconhecendo que os bens são dons de Deus. É ele, o Senhor! Somos apenas administradores de bens que são dele e de cuja administração nós devemos prestar contas a ele. Contudo, o Evangelho de hoje nos convida a colocar nossa fé em Jesus Cristo, o Pão da Vida, que vem saciar a nossa fome de vida e que, através de nós, apesar da nossa fragilidade e pequenez, quer saciar a fome sofrida por tanta gente: fome do pão cotidiano nas casas, fome do pão da Palavra e da Eucaristia. Portanto, não deve faltar a fé em Deus, que sacia a nossa fome, assim como, a disposição em partilhar os nossos bens com os necessitados. A celebração eucarística, no qual partilhamos o Pão da Vida, seja fonte e sustento da partilha do pão cotidiano!

ORAÇÃO
                             
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo, redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Amém!

Editado por JorgeMacielNews

Hoje, 300ª Missa do MFC no Aldebaran


quarta-feira, 22 de julho de 2015

Deus, o Rei, os arquitetos e a praça



Rainey Marinho
MFC Maceió

N
ão tem coisa pior que um sono ruim. Essa semana dormi muito mal e durante as minha idas e vindas ao reino de Morfeu tive um sonho estranho. Geralmente não me lembro dos meus sonhos, mas esse ficou marcado em minha lembrança e quero compartilhar com vocês.

Pois bem, eu sonhei que em um reino bem distante daqui, em uma terra comum, onde moravam pessoas comuns, vivia um Rei bom, misericordioso e fiel. O monarca imaginou que seu povo precisava de uma linda praça para se conhecer melhor, pois todos andavam de lá pra cá pelo reino sem ter um local para conversar, rir, mostrar suas ideias, e até, orar ao ar livre.  Em sua luz, o Rei encantou-se com a possibilidade que daria aos seus súditos de interagirem, ficando com o passar do tempo bem mais humanos.

Por isso, ele chamou dois de seus melhores arquitetos para, juntos, edificarem a praça que seria para todos um ponto de encontro e uma bênção. O primeiro profissional tinha muitos cursos e títulos e era muito organizado e orgulhoso de sua capacidade, possuía uma visão concreta sobre sua profissão, era cheio de si. O segundo conhecia os caminhos mais práticos da vida e era também orgulhoso de sua caminhada, achava que sua forma de pensar era o que o povo mais desejava, possuía uma forma mais democrática de tratar os outros, mas também era cheio de si quando o assunto era sua opinião. 

Logo, as coisas começaram a dar errado, resolvendo os dois construírem separadamente duas praças onde apenas uma deveria ser edificada. Depois de prontas, as duas estavam lindas. O Rei visitando o local viu as duas praças, belas e cheias de flores e monumentos. Ele parou por um certo tempo, olhando-as ao longe, foi embora e nunca mais voltou. O povo até passeava nessas praças com suas famílias, mas o Rei nunca mais foi visto por aqueles lados.

Foi aí que eu acordei.

Depois fiquei pensando, Deus de certa forma age assim. Ele às vezes nos coloca juntos a outras pessoas para que, utilizando nossos dons, consigamos construir seu Reino. Ele nos quer juntos, edificando o futuro, nós e Ele. Como o Rei, Ele quer que construamos uma praça, nosso céu, para que Ele caminhe conosco e sinta-se em casa. O orgulho pessoal de realizar maravilhas perde seu sentido sem a presença dele caminhando ao nosso lado. Parafraseando o Papa Francisco, precisamos entender que não somos simplesmente construtores de uma sociedade, somos também arquitetos do céu aqui. Sem um coração cristão, por mais bela que seja a obra - nossa praça - Deus certamente não irá passear por ela. Ele quer bem mais de cada um de nós.

Sejamos humanos e filhos Dele.


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Grupo de Canto do MFC Maceió se apresenta no domingo (26), na orla de Maceió para comemorar 60 de MFC no Brasil

C
riado durante o Congresso Eucarístico Internacional, realizado no Rio de Janeiro, em julho de 1955, o Movimento Familiar Cristão comemorou no último domingo, 19 de julho, 60 anos de fundação.

Em Maceió, para comemorar a data, membros do MFC estarão no domingo, 26 de julho, a partir das 10 horas, na parte fechada da orla da Ponta Verde, vestidos com a camisa do MFC, se confraternizando com a apresentação musical do Grupo de Canto Santa Cecília do MFC Maceió.

O Movimento Familiar Cristão surgiu no final dos anos 40, no Uruguai, com o padre Pedro Richards e mais três casais. O MFC, como é conhecido, chegou ao Brasil em 1955, durante o Congresso Eucarístico, no qual os cônjuges uruguaios e o padre Richards se reuniram com os casais brasileiros da Ação Católica, no Ministério da Educação, por convite do padre Helder Câmara. Após o encontro, organizaram-se três equipes de casais em Niterói e no Rio de Janeiro.

O MFC é voltado para a evangelização de famílias com o objetivo de, a partir delas, transformar a sociedade. Outro propósito é o de promover os valores humanos e cristãos de maneira que elas possam cumprir a missão de ser fundadoras de pessoas, educadoras na fé e promotoras do bem comum. O MFC trabalha no contexto familiar como um todo. Portanto, não só os casais estão inseridos, mas todas as famílias que se reconhecem incompletas.

As formações abrangem as pequenas comunidades familiares (Equipes de Base), casais, pessoas solteiras, viúvas, divorciadas, de segunda união, que formam laços de afetividade, contribuindo para o crescimento humano e fé. Os encontros recebem o apoio dos temários, que são textos embasados à luz do Evangelho, trabalhado a nível nacional, no qual os integrantes discutem de forma que cada um possa se expressar acerca do tema ou, até mesmo, de uma realidade que possa surgir. Dessa forma, o grupo se reúne quinzenalmente, procura encontrar soluções e assumir ações transformadoras na sociedade. Essas equipes são motivadas a uma troca construtiva de conhecimentos e experiências de vida, além de receber cursos de formação humana e cristã para uma fé adulta, suprindo a carência de escolaridade e catequese.

A cada três anos, o Movimento Familiar Cristão, realiza um Encontro Nacional (ENA) e a cada quatro anos um Encontro Latino Americano (ELA). Nesses momentos, toda a Equipe de Base se prepara estudando, refletindo para a realização destes grandes eventos. Neles são avaliados os trabalhos realizados, pesquisam-se novos caminhos que se abrem às famílias e estudam-se as realidades do mundo em contínua transformação.

Presente nas cinco regiões do Brasil, os membros do Movimento Familiar Cristão por todo o país tem comemorado festivamente os 60 anos de existência em território brasileiro, das mais diversificadas formas.